Fifa pagou Irlanda para “aceitar” lance de mão de Henry, diz chefe de federação

  • Por Jovem Pan
  • 04/06/2015 15h06
Irish goalkeeper Shay Given (bottom) grabs the ball next to French forward Thierry Henry during the World Cup 2010 qualifying football match France vs. Republic of Ireland on November 18, 2009 at the Stade de France in Saint-Denis, northern Paris. AFP PHOTO / BERTRAND GUAY divulgação henry - frana irlanda gol irregular

Para refrescar a memória: Irlanda e França se enfrentaram em novembro de 2009 na repescagem para a Copa do Mundo de 2010. Na primeira partida, os franceses venceram por 1 a 0 em Dublin. Na volta, no estádio Saint-Denis, o atacante Robbie Keane marcou para os irlandeses e levou a disputa para a prorrogação.

No fim do primeiro tempo extra, saiu o gol que deu a classificação aos Bleus para a Copa da África do Sul. Thierry Henry, na época jogador do Barcelona, ajeitou a bola claramente com a mão antes de passar para o zagueiro William Gallas marcar. Apesar da revolta dos atletas da Irlanda, o árbitro sueco Martin Hansson validou o gol.

Agora, o assunto voltou à tona. John Delaney, presidente da Federação Irlandesa de Futebol (FAI, na sigla em inglês), disse ao canal RTE que a organização recebeu um valor (supostamente de 5 milhões de euros; aproximadamente 17,7 milhões de reais) da Fifa para não buscar ações legais para reverter o resultado.

Segundo ele, o pagamento foi “um acordo muito bom e legítimo”. “Nós sentimos que tínhamos um caso legal contra a Fifa por causa do modo como a repescagem para a Copa do Mundo acabou para nós com o lance de mão de Henry”, disse Delaney. “No dia em que falei com (o presidente da Fifa Joseph) Blatter, eu disse a ele como me sentia e houve um acordo”.

Delaney não confirmou, no entanto, se o pagamento foi mesmo de 5 milhões de euros. “Foi um pagamento para a associação não tentar um processo. Foi assinado um acordo no qual eu não posso falar sobre a quantidade de dinheiro envolvida. Mas foi um acordo muito bom e legítimo”.O presidente da federação inglesa, que recebe cerca de 360 mil euros por ano, negou que tenha recebido propina.

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