Cuca relata drama com sintomas da Covid-19: ‘O médico do Santos salvou minha vida’

O treinador do Peixe também falou sobre como foi comandar o time à distância e colocou a Copa Libertadores da América como grande sonho

  • Por Jovem Pan
  • 03/12/2020 15h49 - Atualizado em 03/12/2020 17h25
Alexandre Durão/Estadão Conteúdo Cuca é o atual treinador do Santos

O treinador Cuca viveu um verdadeiro drama após ser infectado pelo novo coronavírus e ficar internado por vários dias, ficando afastado do Santos e acompanhando seus comandados de longe, seja nos treinamentos ou nas partidas do time no Brasileirão e na Libertadores da América. Nesta quinta-feira, 3, o técnico do Peixe revelou alguns sintomas graves provocados pela Covid-19, exaltou o trabalho realizado pelo médico do clube e explicou como coordenou a equipe do hospital. Em entrevista à revista “Placar”, Cuca revelou que sentiu o coração acelerar durante a preparação para a partida do Santos com o RB Bragantino, pelo Campeonato Brasileiro. “Meu coração disparou e não parava mais. Por sorte, fui ao hospital. Porque se eu insisto, e já estava com as malas prontas para viajar, podia não ter aguentado. O coração batia mais de 140 vezes por minuto”, afirmou. “Se eu insistisse, teria morrido. O médico do Santos, doutor Fabio (Novi) salvou a minha vida. É um cara que já tratou de um câncer, mas que me colocou dentro do carro, pensando só em mim. Ele me ajudou muito e virou com um irmão”, completou.

Cuca também revelou a rotina dentro do hospital e falou como comandou o Peixe à distância. “É muito duro ficar sozinho no hospital. Se eu falar que li um livro, vou estar mentindo. Eu dormia muito. Todos os dias a comissão me contava o que eles haviam feito e como foi o trabalho. A gente discutia, mas não de forma normal, até porque eu estava abatido. Todas as trocas, substituições, foram feitas comigo. Dia de jogo eu fico muito nervoso… Às vezes não me atendiam ou não me entendiam. Já em casa, contra a LDU, em Quito, trocaram o Jean Mota antes do tempo, eu fiquei doido”, recordou. Passados os dias de luta, Cuca espera que a equipe mantenha o bom nível apresentado na Libertadores e no Brasileirão. “Não faço mais grandes planos. Quero ser campeão da Libertadores, isso quero muito e vou dar a vida para isso. Eu acho que, se eu parar, adoeço de vez. Estou a vida inteira nisso, é muito difícil parar. A família cobra, ainda mais depois do que aconteceu, mas vou seguir por enquanto”, completou.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.