STJD anula partida entre Aparecidense e Ponte Preta por interferência externa
Em uma decisão inédita no futebol brasileira, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva anulou a partida entre Aparecidense e Ponte Preta, válida pela primeira fase da Copa do Brasil, por interferência externa. Após uma votação apertada, com o empate por 4 a 4 entre os oito auditores, o voto de minerva coube ao presidente do tribunal, Paulo César Salomão.
Segundo ele, ficou claro que o auxiliar, Samuel Oliveira Costa, mentiu em seu depoimento à sessão realizada nesta sexta na sede da OAB do Ceará, em Fortaleza, numa audiência itinerante.
Caberá agora ao departamento de competições da CBF determinar uma nova data para a realização de outro jogo. A partida anulada havia terminado 1 a 0 para o time goiano em Aparecida de Goiânia, no dia 12. Em princípio, a Aparecidense jogaria na segunda fase contra o Bragantino, no Pará, dia 27.
O curioso é que o próprio relator do processo, o paulista Ronaldo Botelho Piacente, abriu a votação dando perda de causa à Ponte Preta. E a votação ficou 4 a 0 a favor da Aparecidense, dando a impressão de que seria uma vitória fácil. Mas depois houve o empate na votação dos auditores.
Antes foram ouvidos os principais envolvidos na confusão, pertencentes ao quadro de árbitros da Federação Cearense: o árbitro Léo Simão Holanda e o auxiliar Samuel Oliveira Costa.
Prevaleceu a argumentação dos advogados da Ponte Preta. A interferência aconteceu aos 44 minutos do segundo tempo, quando o time paulista perdia por 1 a 0 e chegou ao empate com Hugo Cabral. O resultado lhe daria a vaga na segunda fase. Tanto o árbitro, quanto o auxiliar, validaram o gol, mas a Aparecidense não deu continuidade no jogo e ficou reclamando de impedimento do atacante.
Depois de sete minutos, o delegado da partida, Adalberto Grecco, aparece na imagem conversando com o auxiliar Samuel Oliveira Costa, que correu até o árbitro Léo Simão Holanda e marcou o impedimento do atacante da Ponte. A anulação do gol gerou críticas dos jogadores da Ponte, que alegam ter visto a possível interferência externa.
Com informações de Agência Estado
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