Hamilton completa 31 anos no auge da carreira e pode igualar Prost em 2016

  • Por Daniel Keny/Jovem Pan
  • 06/01/2016 17h38
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Britânico igualou o tri de Senna na última temporada; experiente e com um carro vencedor Reprodução/Facebook Lewis Hamilton

Nesta quinta-feira (07), o atual campeão da Fórmula 1 completa 31 anos de idade. Maduro, Lewis Hamilton aniversaria em grande fase e com ótimas perspectivas, já que a Mercedes deve seguir como o melhor carro do grid até 2017.  Com pelo menos mais 6 anos de atividade – o tricampeão já disse que pretende competir até os 37 – igualar o tetra do francês Alain Prost parece inevitável. “Já escreveu seu nome na história, está entre os maiores”, opina Ricardo Zonta, piloto da Stock Car.

Fora das pistas, o britânico nunca esteve tão à vontade. Após dominar a Fórmula 1 em 2014 e 2015, Hamilton permitiu-se agir como popstar; baladeiro, costuma participar de eventos promocionais e expõe sua vida pessoal de forma marqueteira, o que, no fim das contas, é ótimo para a categoria de automobilismo que outrora já foi mais popular.

Para Zonta, a postura irreverente não interfere em seu desempenho nas pistas. “O que realmente faz diferença é a prioridade que recebe da equipe, o papel de liderança que é capaz de exercer. Assim como Senna, Hamilton é focado e possui alto rendimento nas horas importantes”, analisa.

Prodígio das pistas

Antes de brilhar na Fórmula 1, Hamilton foi campeão de todas as categorias que disputou. Aos 13 anos, já dominante nas competições de kart juvenil, caiu nas graças de Ron Dennis e foi contratado para o programa de apoio a jovens pilotos da McLaren.

O que aconteceu depois, é história: a bordo da escuderia inglesa na temporada de 2007, disputou o título até a última prova com Fernando Alonso, então seu companheiro de equipe, e Kimi Räikkönen, que acabou levando a taça de campeão com apenas um ponto de vantagem. Uma estreia e tanto para um garoto de 22 anos.

Os títulos: 2008, 2014 e 2015

Em 2008, aos 23 anos e 9 meses, sagrou-se o mais jovem campeão na história do esporte, marca que sustentou até 2010, quando Sebastian Vettel viria a conquistar o seu primeiro mundial aos 23 anos e 4 meses.

Em prova emocionante no autódromo de Interlagos, a última daquela temporada, conseguiu uma ultrapassagem na volta derradeira sobre o alemão Timo Glock, da Toyota, e somou os pontos necessários para tirar o título das mãos de Felipe Massa.

Hamilton viveu um jejum entre 2009 e 2013. Neste ínterim, viu Jenson Button ser campeão com a surpreendente Brawn e foi ofuscado pelo tetracampeonato consecutivo de Sebastian Vettel com a imbatível Red Bull de 2010 a 2013, ano em que deixou a McLaren e assinou com a Mercedes.

Com as mudanças promovidas pela FIA no regulamento em 2014, a equipe alemã despontou como maior força do grid e Hamilton provou ter feito a melhor escolha para sua carreira: guiando a “Flecha de Prata”, bateu o companheiro Nico Rosberg para chegar ao bi, em disputa acirrada. Em 2015 foi tão superior que ergueu o troféu a três etapas do fim do campeonato, igualando o tri de Ayrton Senna, sua maior referência no esporte.

Ricardo Zonta destaca a evolução constante de Hamilton. “Hoje ele é agressivo e comete poucos erros, anda no limite e tira o melhor do carro. Com tantos anos de automobilismo, pilotando sempre em equipes de ponta, a tendência é que ele continue se desenvolvendo”, diz.

O melhor de sua geração?

Hamilton ganhou mais respeito dos companheiros de profissão, dos fãs e da crítica especializada ao conquistar o tri, mas Zonta avalia que, em técnica de pilotagem, está equiparado a dois rivais. “O Alonso e o Vettel também são grandes campeões. Se os três tivessem carros vencedores, seria legal ver a competitividade entre eles, porque acho que estão no mesmo nível”, conclui.

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