Justiça argentina bloqueia informações sobre barras bravas para o Brasil
Uma decisão da Justiça argentina bloqueou nesta quarta-feira a cessão de informações sobre os barras bravas do país ao Brasil para a segurança na Copa do Mundo deste ano, que será disputada de 12 de junho a 13 de julho.
A juíza federal sub-rogante Cecilia Gilardi Madariaga de Negre denegou a entrega às autoridades brasileiras da lista de pessoas proibidas de entrar nos estádios da Argentina e abriu a porta para que cerca de 650 torcedores violentos estejam em território brasileiro durante o Mundial.
Em entrevista coletiva, o chefe de Gabinete argentino, Jorge Capitanich, afirmou que não apelará com o argumento de que o governo respeita as decisões de caráter judicial, mas reiterou a luta do executivo contra os barras bravas.
“A posição do governo é muito clara, somos contra a violência e promoveremos todos os mecanismos para erradicá-la”, disse Capitanich.
Com o antecedente do último Mundial, em 2010, na África do Sul, e a proximidade entre os países, o Estado argentino tinha selado há um mês um acordo bilateral com o país anfitrião da Copa deste ano. Nessa ocasião, o Brasil foi representado por Andrei Passo Rodrigues, encarregado de coordenar a segurança da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, e a Argentina enviou o titular da Secretaria de Cooperação com os Poderes Judiciais, Ministérios Públicos e Legislaturas, Darío Ruiz.
Apesar da medida cautelar, os países coordenaram o reforço das fronteiras para o período de disputa do torneio e o acompanhamento especial para os torcedores violentos de Argentina, Chile e Uruguai, em uma operação que contará com a colaboração da Interpol.
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