NBA suspende jogos dos playoffs desta quarta-feira depois de boicote do Milwaukee Bucks

Por movimento Black Lives Matter, atletas protestaram após novo caso de racismo policial nos Estados Unidos

  • Por Jovem Pan
  • 26/08/2020 17h53 - Atualizado em 26/08/2020 19h19
Reprodução/ Twitter @NBA nba Movimento Black Lives Matter na bolha da NBA, em Orlando

No último domingo, 23, um homem negro foi alvejado por policiais brancos enquanto entrava em seu carro na cidade de Kenosha, no estado de Wisconsin, nos Estados Unidos. Jacob Blake foi atingido sete vezes nas costas durante uma abordagem policial, em frente aos filhos e vizinhos. O caso agitou a bolha da NBA em Orlando, Flórida, e diversos atletas manifestaram o desejo de boicotar as partidas dos playoffs. Fred VanFleet, armador dos atuais campeões Toronto Raptors, admitiu uma chance de boicote e disse que se ‘ajoelhar não estava mais adiantando’ e que algo maior precisaria ser feito pelo movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam).

O boicote virou realidade nesta quarta-feira, 26, quando a equipe do Milwaukee Bucks decidiu não entrar em quadra para a disputa do Jogo 5 dos playoffs contra o Orlando Magic, que estava marcado para as 17h (horário de Brasília). Depois de um tempo em quadra, até os árbitros se retiraram e não haverá jogo. Os Bucks lideram a série por 3 a 1. É a primeira vez na história da liga de basquete norte-americana que algo parecido acontece. A NBA anunciou por meio de comunicado que as outras duas partidas que aconteceriam ainda hoje: Rockets x Thunder (19h30) e Lakers x Trail Blazers (22h), estão suspensas. Os jogos serão remarcados, mas não foi divulgada a data.

Desde a retomada das partidas após a parada pela pandemia da Covid-19, todos os jogos são precedidos de protestos em defesa do BLM. Os jogadores estão, inclusive, jogando com mensagens contra o racismo em suas camisas e nomes de pessoas que foram mortas por policiais brancos em 2020 como Breonna Taylor e George Floyd. Muitos dos jogadores, inclusive, participaram dos protestos nas ruas após a morte de George, no fim de maio.

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