Suposta tentativa de suborno cria polêmica na segunda divisão de Portugal

  • Por Agencia EFE
  • 10/04/2015 16h37

Lisboa, 10 abr (EFE).- Uma suposta tentativa de suborno a dois jogadores do Farense por parte do Atlético de Portugal, clubes da segunda divisão do país, criou uma polêmica e fez com que dois jogadores da equipe acusada anunciassem nesta sexta-feira ações penais.

O Farense denunciou na quinta-feira que um indivíduo estrangeiro entrou em contato com os jogadores Califo e Kiki Ballack, para oferecer dinheiro em troca de deixarem o Atlético ganhar a partida marcada para sábado.

Os dois jogadores comunicaram o ocorrido ao presidente do clube com sede em Faro, António Barão, que por sua vez informou ao presidente da Liga, Luís Duque.

Posteriormente, o Atlético emitiu um comunicado negando seu envolvimento nos fatos, que qualificou de “surrealistas”, e afirmou que trata-se de uma tentativa de prejudicar o clube.

“A história é verdadeiramente surrealista e tão primária que nos faz pensar que foi intencional, no sentido de prejudicar e criar um mal ambiente para a partida do próximo sábado e possivelmente obter benefícios desse enfrentamento”, rezava o comunicado.

A polêmica atingiu dois jogadores do Atlético, o português Silas e o cabo-verdiano Dady, depois que ambos foram identificados pelo indivíduo que abordou Califo e Kiki Ballack como os jogadores que tinham passado seus contatos.

Silas e Dady convocaram hoje uma entrevista coletiva na sede do Sindicato de Jogadores de Futebol Profissional (SJFP) para negar o envolvimento no ocorrido e anunciaram que interporão “uma denúncia penal a terceiros”.

“É preciso investigar esta situação, mas acho que relacionar meu nome com este tipo de situações é um pouco indecente, pois sou profissional há muitos anos, muitos como capitão da equipe, e pelo menos deveriam confirmar essa informação”, lamentou Silas.

O Atlético de Portugal já foi investigado no ano passado por várias práticas ilegais relacionadas com a manipulação de apostas que afetava a entidade e seu maior acionista, uma empresa chinesa.

O clube negou seu envolvimento e se mostrou disposto a colaborar com as autoridades responsáveis pela investigação. EFE

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