Acusado de intermediar propina na Petrobras deve depor hoje à PF

  • Por Agência Brasil
  • 09/02/2015 08h37
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RIO DE JANEIRO,RJ,28.01.2015:PETROBRAS-RJ - Fachada da sede da Petrobras, no Rio de Janeiro (RJ), nesta quarta-feira (28). A Petrobras divulgou durante a madrugada o resultado da empresa no terceiro trimestre do ano passado. Sem considerar os prejuízos com a corrupção, a Petrobras teve um lucro de R$ 3,1 bilhões no período de julho a setembro do ano passado. Uma queda de 28% em relação ao mesmo período de 2013. . (Foto: Ale Silva/Futura Press/Folhapress) Ale Silva/Futura Press/Folhapress Fachada da sede da Petrobras

Um dos investigados na nona fase da Operação Lava Jato deve prestar depoimento hoje (9) na Superintendência da Polícia Federal em Curititiba. Mário Frederico Mendonça Goes se entregou ontem (8) à PF e deve ser interrogado pelos delegados sobre as acusações de intermediar, por meio da empresa Arxo Industrial, o pagamento de propina na obtenção de contratos com a Petrobras. Ele estava foragido desde quinta-feira (5), quando teve prisão decretada, mas não foi encontrado em seu endereço no Rio de Janeiro.

Segundo o Ministério Público Federal, Goes operava um esquema de corrupção na Petrobras usando a mesma forma de atuação do doleiro Alberto Youssef e do empresário Fernando Baiano: recolhendo propina de empresas privadas para agentes da estatal e ocultando a origem dos recursos.

De acordo com os investigadores, Gilson João Pereira e João Gualberto Pereira, sócios da Arxo, e Sergio Ambrosio Marçaneiro, diretor financeiro, pagavam propina para obter contratos com a BR Distribuidora. Todos estão presos na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. Os pagamentos ocorreriam em contratos com a BR Aviation, empresa da Petrobras especializada no abastecimento de aeronaves. A Arxo vende tanques de combustíveis e caminhões-tanque.

Segundo o advogado Leonardo Pereima, os sócios da empresa nunca pagaram propina para a Petrobras e não tiveram contato com o ex-gerente da estatal Pedro Barusco e com o ex-diretor de Serviços Renato Duque. Para a defesa, as acusações decorrem apenas de vingança da ex-funcionária do Departamento Financeiro, demitida por desviar cerca de R$ 1 milhão.

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