Argentina manterá taxa de 35% sobre despesa turística e cartões no exterior

  • Por Agencia EFE
  • 26/01/2014 12h48
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Buenos Aires, 26 jan (EFE).- O governo argentino deu marcha à ré neste domingo em relação à sua decisão de reduzir, a partir da próxima segunda-feira, o imposto sobre despesas turísticas internacionais e compras com cartão no exterior, e anunciou que a nova taxa continuará, por enquanto, em 35%.

O ministro da Economia, Axel Kicillof, antecipou em entrevista publicada hoje pelo jornal “Página 12”, que “para despesas com cartão no exterior, a passagem de 35% a 20% não será implementada nesta segunda-feira”.

Na sexta-feira passada, o Executivo tinha anunciado que a diminuição da taxa seria aplicada a partir de segunda-feira, mesmo dia em que os argentinos poderão voltar a comprar dólares para a poupança com 20% de novo agravo e de acordo com o fluxo de receita declarado.

“O turismo interno neste ano melhorou muito e as pessoas que queriam viajar ao exterior viajaram. É gente de alto poder aquisitivo, que pôde gastar dólares sem limites no exterior através de seu cartão de crédito”, justificou o ministro na entrevista.

Após sua posse em novembro, uma das primeiras e mais polêmicas medidas da nova equipe econômica de Cristina Kirchner, com Kicillof à frente, foi a de aumentar o encargo às despesas turísticas no exterior, que até então era de 20%.

Desde dezembro, os argentinos que compram passagens de avião internacionais, pacotes turísticos ao exterior ou utilizam seu cartão de crédito ou débito fora do país são taxados em 35%, com o objetivo de atenuar a fuga de divisas e frear a desvalorização do peso.

As restrições às operações com moeda estrangeira começaram em 2011 e se endureceram progressivamente até o ponto que só os argentinos que demonstrassem que iam viajar ao exterior podiam obter dólares em dinheiro, com prévia autorização da Receita Federal.Parte dessas proibições, conhecidas como “cerco ao dólar”, serão suspensas nesta segunda-feira, primeiro dia em mais de dois anos que os particulares poderão comprar a moeda americana para posse e poupança. EFE

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