Advogado de Temer defende Eduardo Cunha na Câmara

  • Por Jovem Pan
  • 25/10/2017 12h53
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Luis Macedo/Câmara dos Deputados Eduardo Carnelós: críticas à acusação de Janot baseada em delações premiadas

Durante teia argumentativa na qual rechaçou do plenário da Câmara a segunda denúncia que pesa sobre o presidente Michel Temer, por obstrução de Justiça e organização criminosa, o advogado criminalista Eduardo Carnelós defendeu depoimento do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, aliado peemedebista de Temer, preso e condenado na Lava Jato.

Carnelós afirmou que Eduardo Cunha é inocente até que se prove o contrário e que sua palavra não deve ser desconsiderada. “Por que não haveria de valer a palavra de Cunha, ao desmentir a delação de Lúcio Funaro?”, indagou.

Em setembro deste ano Eduardo Cunha afirmou, em nota divulgada por pessoas próximas a ele, que repudia a delação “sem provas” feita pelo empresário Lúcio Funaro. Cunha isentou o presidente Michel Temer – um dos principais alvos de Funaro – de irregularidades e disse que Funaro falou “para obter benefícios”.

Veja mais detalhes da fala do advogado de Temer no link abaixo:

Para advogado de Temer, Janot usou métodos “sórdidos” para apresentar denúncia

Acompanhe ao vivo os debates e possível votação na Câmara sobre a denúncia:

Temer é denunciado pelos crimes de obstrução da Justiça e organização criminosa. No mesmo processo, são denunciados ainda os ministros Eliseu Padilha, da Casa Civil, e Moreira Franco, da Secretaria-Geral da Presidência, por organização criminosa.

Denúncia

No dia 14 de setembro, o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer. Em junho, Janot havia denunciado o presidente pelo crime de corrupção passiva.

Desta vez, Temer é acusado de ser o líder de uma organização criminosa desde maio de 2016 até 2017, segundo a denúncia.

De acordo com a denúncia, o presidente e outros membros do PMDB praticaram ações ilícitas em troca de propina, por meio da utilização de diversos órgãos públicos. Além de Temer, são acusados de participar da organização criminosa os integrantes do chamado “PMDB da Câmara”: Eduardo Cunha, Henrique Alves, Geddel Vieira Lima, Rodrigo Rocha Loures, Eliseu Padilha e Moreira Franco.

A acusação aponta que os denunciados receberam pelo menos R$ 587 milhões de propina. No esquema, Temer seria o responsável por negociar cargos de órgãos públicos, como a Petrobras, a Caixa Econômica Federal e Furnas, que seriam ocupados pelos acusados em troca de apoio à base do então governo. Na denúncia, Janot cita que a organização contaria com a participação de integrantes do PP, do PT e do PMDB no Senado.

Em relação à denúncia de obstrução da Justiça, Janot diz que o presidente teria incentivado os executivos da JBS, Joesley Batista e Ricardo Saud, a pagar vantagens a uma irmã do doleiro Lúcio Funaro para evitar que ele firmasse acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal.

Os empresários e o doleiro são denunciados pela tentativa de impedir as investigações sobre a organização criminosa. Funaro acabou firmando acordo com os investigadores, que se basearam nas informações de sua delação para elaborar a denúncia contra Temer e os demais.

Todos os denunciados negam as acusações. Com informações da Agência Câmara.

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