Alerj vota pela soltura de deputados presos na Lava Jato
Com a decisão da Alerj, os deputados que serão soltos são André Correa (DEM), Luiz Martins (PDT), Marcus Vinicius Neskau (PTB), Chiquinho da Mangueira (PSC) e Marcos Abrahão (Avante)
A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) determinou, por meio de votação em plenário, a libertação de cinco deputados estaduais presos no âmbito da Operação Lava Jato. A sessão aconteceu nesta terça-feira (22).
Com a decisão da Alerj, os deputados que serão soltos são André Correa (DEM), Luiz Martins (PDT) e Marcus Vinicius Neskau (PTB), que entraram com a reclamação junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), e a decisão estende-se também aos parlamentares Chiquinho da Mangueira (PSC) e Marcos Abrahão (Avante).
Votaram a favor do parecer os deputados Márcio Pacheco (PSC), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, Rodrigo Bacellar (SDD), Max Lemos (MDB), Carlos Minc e Jorge Felippe Neto (PSD). Já os votos contrários vieram dos parlamentares Luiz Paulo (PSDB) e Dr. Serginho (PSL).
A votação acontece depois da determinação da ministra Carmen Lúcia, do STF, que durante a semana passada, atendeu ao pedido das defesas dos parlamentares presos. No entendimento da ministra, assembleias estaduais têm o mesmo poder do Congresso Nacional para conceder ou não a liberdade aos presos. A decisão desta terça, no entanto, não libera os parlamentares para o exercício do mandato, além de permanecerem sem receber os salários de deputados e também estão impedidos de formar gabinete, por decisão do Tribunal de Justiça do Rio.
Votaram favoráveis ao parecer os deputados Márcio Pacheco (PSC), presidente da Comissão, Rodrigo Bacellar (SDD), Max Lemos (MDB), Carlos Minc e Jorge Felippe Neto (PSD) e contrários os parlamentares Luiz Paulo (PSDB) e Dr. Serginho (PSL).
— Alerj (@alerj) October 22, 2019
Operação Furna da Onça
Em novembro do ano passado, a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Furna da Onça, desdobramento da Lava Jato no Rio. A ação mirava esquema de compra de apoio político de parlamentares. Entre os alvos da PF estavam um grupo de base do MDB do ex-governador Sérgio Cabral, preso e condenado na Lava Jato com penas que, somadas, atingem mais de 260 anos de prisão.
De acordo com a PF, a organização criminosa chefiada por Cabral pagava propina a diversos deputados estaduais para que eles defendessem interesses do grupo na Alerj. O “mensalinho”, que movimentou cerca de R$ 54 milhões, era recebido pelos deputados e o dinheiro era fruto de sobrepreços em contratos estaduais e federais.
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