Com quatro candidatos a reitor, USP terá eleições em outubro
Quatro chapas vão disputar a reitoria da Universidade de São Paulo (USP), maior instituição de ensino superior do País, para o mandato entre 2018 e 2021. A eleição é em 30 de outubro. A atual gestão, com o médico Marco Antonio Zago à frente, foi marcada por medidas de austeridade, como cortes de gastos, e mudanças no processo seletivo, como as cotas.
O candidato da situação é o engenheiro Vahan Agopyan, da Escola Politécnica, atual vice-reitor. Uma das principais promessas é aproximar a USP da população. “Os trabalhos acadêmicos podem atender a problemas sociais. Temos grupos de pesquisa interdisciplinares, que podem sugerir mais políticas públicas”, disse à reportagem.
A socióloga Maria Arminda Nascimento Arruda, diretora da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), é uma das candidatas da oposição. Apoiadora da chapa de Zago há quatro anos, foi pró-reitora de Cultura na atual gestão até 2016. Saiu do cargo após divergências com a reitoria.
“Não é uma crise de financiamento que deve construir a direção acadêmica da USP. Temos de buscar soluções internas”, afirmou Maria Arminda. Para ela, é “fundamental repensar” a graduação e a pós, com currículos flexíveis e interdisciplinares, além de apostar em diálogo e descentralização.
Outro candidato é Ildo Sauer, vice-diretor do Instituto de Energia e Ambiente. Ele defendeu buscar mais fontes de financiamento e racionalizar gastos. Para ele, “muitas vezes a USP compra coisa de qualidade inferior a preços mais elevados por causa da burocracia”. Diretor da Petrobras entre 2003 e 2007, ele disse ter saído por discordar dos rumos da estatal e ressaltou que não se envolveu com irregularidades.
O filósofo Ricardo Terra, da FFLCH, também concorre. No programa de gestão, ele critica a “pesada estrutura de funcionários em excesso e processos obsoletos”. Ele não foi localizado nesta segunda-feira (25), pela reportagem. Uma assembleia, formada por maioria de professores, elege uma lista tríplice de candidatos e o governador decide.
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