Comitê da Covid-19 recomenda a volta da utilização de máscaras em locais fechados em São Paulo
Pessoas em grupos de risco são orientadas a utilizar o equipamento de proteção individual também em lugares abertos; orientação não tem caráter obrigatório
O Comitê de Contingência da Covid-19 — centro promovido pelo governo do Estado de São Paulo — recomendou que a população paulista volte a utilizar máscaras de proteção individual em ambientes fechados. A orientação ocorre após uma reunião do Comitê de Medidas de Vigilância em Saúde, que analisou a tendência de alta nos casos da doença no Estado. Em maio, houve um aumento de 120% nas internações em decorrência da doença respiratória e, até o momento, 10 milhões de pessoas ainda estão com doses de reforço da vacina contra a Covid-19 em atraso. Mesmo com a recomendação, prefeituras que desejam retornar com a medida podem oficializá-la através de um decreto. No dia 17 de março, o governo retirou a obrigatoriedade do uso de máscaras em locais fechados e determinou que o item seja utilizado de maneira obrigatória apenas em transportes públicos e em ambientes relacionados à área de saúde (hospitais, unidades de saúde e farmácias). O Palácio dos Bandeirantes foi questionado sobre a orientação e, assim que houver uma resposta, a matéria será atualizada.
Os dados referentes à situação epidemiológica da Covid-19 em São Paulo apontam para uma alta na disseminação do vírus. Segundo informações da plataforma SP Covid-19 Info Tracker — disponibilizadas por pesquisadores da USP, Unesp e Fapesp — indicam que houve um aumento nas novas internações pelo novo coronavírus entre os dias 6 e 27 de maio. Durante o período específico, houve um aumento de 74% no número de novas internações novas (de 176 para 306 casos). A ocupação de leitos de UTI e enfermaria também tiveram um acréscimo de 74% e foram de 1.307 para 2.276 leitos ocupados. Informações divulgadas pela Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) mostram que o vírus da Covid está se proliferando. Isso porque entre os dias 24 de abril e 1º de maio houve um aumento de 26% no número de exames realizados e de 12,9% nos diagnósticos positivos. Na semana seguinte, de 2 a 8 de maio, o número de testes para detecção do coronavírus subiu 8,4%, e a taxa de positividade aumentou 17,1%.
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