Doria convoca reunião com prefeitos para discutir endurecimento das medidas contra a Covid-19

Ideia do governo paulista é ouvir os gestores sobre a situação das cidades para definir quais medidas devem ser adotadas nas próximas semanas

  • Por André Siqueira
  • 02/03/2021 15h21 - Atualizado em 02/03/2021 15h25
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RENATO S. CERQUEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Homem de terno e gravata usando máscara preta diante de fundo com os dizeres 'vacina salva' Em entrevista ao canal MyNews, no YouTube, Doria disse que 'teremos as duas semanas mais duras e mais graves da pandemia'

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), convocou uma reunião virtual com prefeitos, o secretário de Saúde, Jean Gorinchteyn, e membros do Centro de Contingência da Covid-19 para tratar sobre a situação da pandemia no Estado de São Paulo e discutir o possível endurecimento de medidas para os próximos dias. O encontro ocorrerá das 16h às 18h. Segundo apurou a Jovem Pan, a ideia do governo paulista é ouvir os gestores para definir quais medidas devem ser adotadas.

A reunião ocorre no momento mais grave da pandemia em São Paulo. Seis regiões estão na fase vermelha, estágio no qual apenas atividades essenciais podem funcionar. Na Grande São Paulo, que está na fase laranja, bares estão proibidos de abrir e os demais serviços operam com restrições de horário. Além disso, o toque de restrição das 23h às 5h segue em vigor. O Centro de Contingência também estuda a criação de uma fase ainda mais restritiva que a vermelha – neste caso, o governo de São Paulo pode propor alteração no horário de funcionamento das chamadas atividades essenciais. Segundo boletim do governo paulista, nesta segunda-feira, 1º, as taxas de ocupação dos leitos de UTI são de 74,3% na Grande São Paulo e 73,2% no Estado. O número de pacientes internados é de 15.977, sendo 8.701 em enfermaria e 7.276 em unidades de terapia intensiva.

Em entrevista à Jovem Pan, na segunda-feira, 1º, o Coordenador do Centro de Contingência da Covid-19, Paulo Menezes, explicou porque a atual situação no Estado é pior quando comparada com o pico da primeira onda, que ocorreu em julho de 2020. “Em julho do ano passado, enquanto tínhamos o crescimento de casos e de internações no interior, havia queda progressiva na Grande São Paulo. A curva subia no interior, mas descia na Grande São Paulo, que representa metade da população do Estado. Agora, temos uma situação de crescimento em todas as regiões. É mais intenso no interior, mas também na Grande São Paulo. A única exceção, mas já com sinal de crescimento, é a Baixada Santista. Outro ponto é velocidade: na última semana, a velocidade aumentou de uma forma que não tínhamos visto naquele período do ano passado. Se isso está associado à nova variante ainda não dá para dizer. Ela está circulando, mas ainda não temos dados para poder dizer que ela é responsável por esse cenário atual”, disse.

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