Estados querem repasse de R$ 1 bilhão para combate ao coronavírus
Gestores pedem que o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, libere imediatamente R$ 200 milhões
Os secretários estaduais de Saúde reforçaram nesta terça-feira (10) o pedido de liberação de R$ 1 bilhão para custear a logística de triagem de pacientes e internações do novo coronavírus. Os gestores pedem que o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, libere imediatamente R$ 200 milhões.
“Não é possível aguardar mais”, afirmou o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Alberto Beltrame, que fez o pedido por telefone hoje a Mandetta.
Segundo Beltrame, a ideia é preparar o sistema de saúde para agir “cautelosamente”. Isso porque o Brasil ainda não possui transmissão comunitária da doença, quando o vírus circula e já não é possível ligar a transmissão de um caso a outro. “Os custos de operação do sistema já estão crescendo e o ministério assumiu o compromisso de auxiliar os Estados. É o que esperamos ver cumprido imediatamente”, declarou o presidente do Conass.
De acordo com ele, todo o recurso será usado para custear o combate à doença. “Faremos acerto de contas e demonstraremos cada centavo gasto para que possamos receber novas parcelas, que por certo serão necessárias mais adiante.”
Conforme fonte que acompanha as discussões, Mandetta prometeu que irá anunciar nesta semana uma forma de liberar os recursos aos Estados. Procurado, o Ministério da Saúde ainda não se manifestou.
Nesta terça, a pasta informou que o Brasil tem 34 casos do novo coronavírus confirmado em sete Estados. Outros 893 são investigados pelos órgãos de saúde como suspeitos.
No último dia 2, o ministro afirmou que ainda não havia necessidade de repasse extra aos Estados. Na sexta-feira (6), Mandetta disse que a pasta deve precisar de apoio financeiro, mas que ainda não poderia especificar o montante. “Isso parte de cenários”, esclareceu.
O Ministério da Saúde ressaltou que poderá alugar até mil kits de equipamentos para instalar leitos de UTI nos Estados. Os contratos serão feitos se houver demanda. Segundo o Conass, os Estados teriam de custear equipes médicas, exames laboratoriais e a logística de montagem dos leitos. “Não podemos arcar sozinhos com a ampliação dos gastos. É chegada a hora da ação solidária entre os gestores”, finalizou Beltrame.
* Com informações do Estadão Conteúdo
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