Heleno reconhece falha com cocaína em avião, mas diz confiar em equipe do GSI

  • Por Jovem Pan
  • 05/07/2019 18h42
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Fátima Meira/Estadão Conteúdo General Augusto Heleno sorrindo ao lado de uma parede cinza. É idoso, usa terno azul e gravata riscada azul e rosa Ministro também se esquivou de comentar críticas de Carlos Bolsonaro. "Tenho subordinação direta ao presidente", disse.

O general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, reconheceu nesta sexta (5) que houve uma falha para possibilitar a entrada de 39 quilos de cocaína com um sargento no avião da Força Aérea Brasileira. O militar afirmou, no entanto, que a gestão da pasta “é muito séria, muito competente, muito treinada”.

Perguntado sobre críticas sofridas pelo GSI por parte do vereador Carlos Bolsonaro (PSC), filho do presidente, Augusto Heleno se esquivou. “Tenho subordinação direta ao presidente. Hoje mesmo ele foi claro em dizer que tem absoluta confiança no GSI. Essa é a manifestação que eu escuto e tenho certeza de que é o que ele pensa”, falou o ministro. Apesar de dizer que o efetivo subordinado ao GSI “não é o que sonhamos”, Heleno garantiu que a equipe responsável pela segurança de Bolsonaro “é muito séria, muito competente, muito treinada”.

Para Heleno, a FAB, que é subordinada ao Ministério da Defesa, se sentiu “profundamente” com a prisão do militar na Espanha. “Aconteceu, como acontecem outros incidentes. Aconteceu uma falha e isso será corrigido”, disse Heleno, explicando na sequência que a FAB e o Ministério da Defesa estão dedicados a aperfeiçoar dispositivos de segurança. “As investigações correm em sigilo e são nosso maior auxílio para chegarmos à conclusão para saber se ele fazia parte de um esquema ou se era um lobo solitário”, explicou o ministro, para quem “o governo Bolsonaro está fazendo tudo para combater a criminalidade”.

Segundo Augusto Heleno, uma das possibilidades aventadas para que o sargento tenha entrado na aeronave com a droga seria o fato dele ser comissário de voo, grupo que frequentemente não se submeteria ao rigor dos aparelhos de raio-x “por chegarem muito antes”.

O ministro explicou que o GSI é responsável pela aeronave onde ficam presidente e vice-presidente, e não pelas de apoio à comitiva presidencial. “Não estou querendo justificar o que aconteceu, mas a acusação de que o GSI teria permitido que isso acontecesse não tem fundamento”, afirmou.

Pela manhã, Bolsonaro já havia defendido o serviço prestado pelo GSI. O comentário do presidente foi feito em referência a uma matéria publicada nesta sexta pelo jornal O Estado de S. Paulo que mostra que sua família e o chamado núcleo ideológico do Palácio do Planalto cobram mudanças no esquema de segurança do presidente e a transferência da escolta oficial do Exército para a Polícia Federal.

“Estou muito bem com o GSI, do general Heleno, me sinto muito seguro e tranquilo. Não existe segurança 100%, né, infalível. Qualquer presidente de vez em quando sofre algum tipo de atentado, etc, mas confio 100% no general Heleno à frente do GSI”, disse Bolsonaro a jornalistas. Ele participou de solenidade de comemoração do 196º Aniversário da criação do Batalhão do Imperador e o 59º de sua Transferência para a Capital Federal. O evento foi realizado no Batalhão da Guarda Presidencial, em Brasília.

Estadão Conteúdo

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