Um dia após Criciúma, Cametá, no Pará, é aterrorizada por quadrilha de assalto a bancos

Em ação parecida com a que aconteceu na cidade catarinense, bandidos sitiaram cidade no interior paraense e fizeram moradores de reféns; segundo o prefeito, uma pessoa morreu

  • Por Jovem Pan
  • 02/12/2020 01h28 - Atualizado em 02/12/2020 07h41
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Reprodução/ Twitter Imagem de morador de Cametá, no Pará

No início da madrugada desta quarta-feira, 2, Cametá, município a 300 km de Belém, no Pará, foi alvo de uma ação criminosa muito parecida com a que aconteceu na madrugada de ontem em Criciúma, Santa Catarina. A Secretaria de Segurança Pública do Estado do Pará (Segup) confirmou que bandidos fortemente armados com fuzis de grosso calibre sitiaram a cidade e assaltaram uma agência bancária. Muitos moradores foram feitos reféns, a maioria de um grupo que assistia ao jogo do Flamengo pela Copa Libertadores em uma praça do centro. Como na madrugada de pânico no Sul do país, vídeos da ação criminosa circularam pelas redes sociais. É possível ouvir tiros e bombas. Em uma gravação, um homem diz, chorando, que “eles bateram muito na gente”. Waldoli Valente, prefeito de Cametá, fez uma publicação em seu perfil no Facebook onde afirma que um jovem morreu durante a ação dos criminosos.

A Segup informou, pelas redes sociais, que equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), das Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam), do Batalhão de Ações de Cães (Bac), da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE) e duas aeronaves do Grupamento Aéreo de Segurança Pública do Pará (Graesp) se deslocaram para dar apoio a Cametá. O governador do estado, Helder Barbalho (MDB), afirmou em sua conta no Twitter que não medirá esforços “para que o quanto antes seja retomada a tranquilidade e os criminosos sejam presos” e prestou solidariedade às pessoas da cidade paraense.

Na noite de ontem, cerca de 50 criminosos participaram da ação em Criciúma e assaltaram a agência do Banco do Brasil. Nenhum suspeito foi preso. Embora as ações sejam muito semelhantes, não é possível afirmar que o mesmo grupo criminoso coordenou os dois assaltos. Esse tipo de ação, como informou o tenente-coronel Dmitri, do 9º BPM de Criciúma, é denominada “novo cangaço“. Os bandidos sitiam a cidade, fazem barricadas em volta para dificultar a ação da polícia e atacam as bases locais das forças de segurança. Em vídeos e publicações nas redes sociais, moradores disseram que o Batalhão da Polícia foi alvo de ataques, mas a Segup não confirmou a informação.

 

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