Motorista da Porsche vai a júri popular e segue em prisão preventiva

Tribunal de Justiça de São Paulo informou nesta segunda-feira (30) que ainda não há data para ser realizado o julgamento de Fernando Sastre de Andrade Filho

  • Por Jovem Pan
  • 30/09/2024 13h06
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Reprodução/Jovem Pan News Fernando Sastre Andrade Filho chega para depor Sastre só se apresentou à Polícia Civil 38 horas após o acidente e, ao prestar depoimento, negou que houvesse consumido bebida alcoólica

A Justiça de São Paulo decidiu manter a prisão preventiva do empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos, e levá-lo a júri popular para que seja julgado pelo acidente que matou o motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos, e também feriu outra pessoa que estava no veículo com Sastre. Conforme o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) informou nesta segunda-feira (30), ainda não há data para ser realizado o julgamento. Ainda conforme a determinação do juiz Roberto Zanichelli Cintra, o réu permanecerá detido. “Inexistindo qualquer fato novo capaz de afastar a decisão que decretou a prisão preventiva, razão pela qual deve o réu permanecer preso”, acrescentou o documento.

Relembre o caso

Na madrugada de 31 de março deste ano, domingo de Páscoa, Andrade Filho dirigia uma Porsche azul modelo 911 Carrera GTS, ano 2023, de seu pai pela Avenida Salim Farah Maluf, no Tatuapé, zona leste de São Paulo, quando atingiu a traseira do Renault Sandero que era dirigido por Viana. No veículo de Sastre, no momento do acidente, também estava o amigo dele Marcus Vinicius Machado Rocha, de 22 anos. Andrade Filho conseguiu sair do local do acidente sem fazer exame de alcoolemia (o bafômetro). A mãe dele pediu autorização a uma policial militar para levá-lo ao hospital; foi autorizada, mas não levou o filho a nenhuma unidade de saúde. O motorista só se apresentou à Polícia Civil 38 horas após o acidente e, ao prestar depoimento, negou que houvesse consumido bebida alcoólica.

Simulação da Polícia Civil indica que o Porsche estava a 134,6 km/h. A velocidade máxima permitida nesse trecho da avenida é de 50 km/h. Em 3 de maio, ele teve a prisão decretada, mas só se entregou três dias depois. A Polícia Civil concluiu inquérito em que acusou o motorista de homicídio doloso (intencional) qualificado e lesão corporal gravíssima. O motorista foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e aceita pelo TJSP. O processo tramita na 1ª Vara do Júri, no Fórum da Barra Funda, zona oeste de São Paulo, sob o comando do juiz Cintra. A primeira audiência relativa ao caso ocorreu na tarde de 28 de junho, quando 17 testemunhas prestaram depoimento – 10 de acusação e 7 de defesa. Uma das testemunhas afirmou que Andrade Filho ingeriu bebida alcoólica naquela noite. Atualmente, o motorista está preso na Penitenciária 2 de Tremembé, no interior paulista.

Publicado por Luisa Cardoso
*Com informações do Estadão Conteúdo

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