‘Perto do Sérgio Cabral, Lula é ladrão de galinhas’, diz biógrafo do ex-governador do Rio

  • Por Jovem Pan
  • 10/12/2018 14h13
Jovem Pan O escritor Tom Cardoso foi o convidado do Pânico desta segunda-feira (10)

Os crimes cometidos por Sérgio Cabral contra o estado do Rio de Janeiro ainda estão sendo descobertos e investigados, mas o que já se sabe é que o ex-governador fluminense é o responsável por um dos maiores esquemas de desvios de verba da história do Brasil. “Perto do Sérgio Cabral, o Lula é ladrão de galinhas”, definiu o escritor Tom Cardoso, autor do livro “Se Não Fosse o Cabral – a Máfia que Destruiu o Rio e Assalta o País”, em entrevista ao Pânico desta segunda-feira (10).

No livro, o biógrafo analisa a trajetória política de Sérgio Cabral e o compara com seu pai, também Sérgio Cabral, um respeitado jornalista cultural. “Ele é uma figura doce, fraternal”, explicou Tom Cardoso sobre o ex-governador. “Para analisar o Cabral, só um psiquiatra, porque ele deu uma bela surtada.”

Para o escritor, o político foi sempre conhecido por ter um jeito fanfarrão e por gostar de ostentar sua riqueza. “Não sei se isso foi a certeza da impunidade ou se ele teve um surto”, contou Cardoso, lembrando de uma das passagens da ostentação. “Quando ele ainda era deputado, ele comprou uma casa pré-fabricada nos Estados Unidos e montou em Mangaratiba”, relatou o autor.

Outra passagem famosa é a chamada farra dos guardanapos, quando secretários de Cabral foram fotografados fazendo uma festa em um restaurante em Paris e usando guardanapos na cabeça. O próprio ex-governador e o ex-prefeito do Rio Eduardo Paes também participaram. “A derrocada do Cabral começa aí”, cravou Cardoso.

Legado

Um dos grandes desafios de Tom Cardoso é deixar seu livro atualizado, uma vez que sempre surgem novas denúncias contra Sérgio Cabral. “É impossível atualizar um livro do Cabral, sempre fico atrás”, confessou.

O escritor diz ainda não saber qual será o impacto da roubalheira para o estado do Rio. “É uma coisa impossível de se fazer. Tanta coisa foi desviada, tanta obra incompleta, não dá para dizer qual foi o legado Cabral”, contou, lembrando que o político também fez parte de governos anteriores, como os de Anthony e Rosinha Garotinho.

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