Polícia da Bahia faz reconstituição de operação que resultou na morte do Capitão Adriano
Simulação contou com a participação dos envolvidos e durou quatro horas
A polícia da Bahia fez uma reconstituição da operação que resultou na morte da Adriano Magalhães da Nóbrega, o Capitão Adriano, no município de Esplanada, interior do estado. De acordo com a Secretaria estadual de Segurança Pública, a repetição do confronto durou cerca de quatro horas.
Adriano morreu em 9 de fevereiro, durante uma operação que tentava capturá-lo. O ex-PM do Batalhão de Operações Especiais (Bope) é acusado de chefiar a milícia Escritório do Crime, citada nas investigações que apuram o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Ele mantinha uma relação próxima do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), que empregou parentes quando era deputado estadual no Rio de Janeiro.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública da Bahia, a reconstituição repetiu todas as ações das equipes que procuravam o ex-PM na região. O procedimento foi solicitado por delegados do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco) e coordenado por peritos do Departamento de Polícia Técnica.
A equipe de três policiais que localizou Adriano participou da reconstituição. Os oficiais mostraram como foram realizadas as buscas, a entrada no imóvel onde ele se escondia, o confronto e a prestação de socorro.
“Desde o início fomos transparentes sobre como ocorreu essa operação. Divulgamos depoimentos dos policiais e o laudo de necropsia. A reprodução simulada é mais uma maneira de esclarecer o caso e oferecer todos os subsídios à Polícia Civil para concluir o inquérito”, declarou o secretário da Segurança Pública da Bahia, Maurício Teles Barbosa.
O laudo da reprodução simulada será anexado aos exames periciais que foram realizados no corpo de Adriano, em um colete balístico atingido no confronto e na análise do local do crime.
* Com Estadão Conteúdo
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