Polícia Federal entra na investigação da execução de delator do PCC, e governo estuda federalizar o caso

PF atuará em conjunto com a Polícia Civil de São Paulo; nacionalização dependeria de um pedido formal à Procuradoria-Geral da República e, em seguida, de aprovação pelo Superior Tribunal de Justiça

  • Por da Redação
  • 10/11/2024 06h10
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Miguel Schincariol/AFP O corpo de Antonio Vinicius Lopes Gritzbach é coberto pela polícia após um tiroteio no aeroporto internacional de Guarulhos, Corpo de Antonio Vinicius Lopes Gritzbach é coberto pela polícia após um tiroteio no Aeroporto Internacional de Guarulhos

A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar o assassinato do empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, de 38 anos, morto a tiros no Terminal 2 do Aeroporto de Guarulhos, na Região Metropolitana de São Paulo. A investigação será realizada em conjunto com a Polícia Civil do Estado, mas o governo federal avalia a possibilidade de federalizar o caso, o que dependeria de um pedido formal à Procuradoria-Geral da República e, em seguida, de aprovação pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), dado o caráter delicado da situação.

Gritzbach, figura central nas investigações sobre o PCC (Primeiro Comando da Capital), havia firmado em março um acordo de delação premiada com o Ministério Público de São Paulo (MPSP), comprometendo-se a fornecer informações detalhadas sobre a facção criminosa. Ele relatou o modus operandi da organização, bem como a estrutura de lavagem de dinheiro operada pelo PCC. A facção havia concluído que o empresário desviou cerca de R$ 100 milhões e ordenou a execução de dois de seus membros em 2021.

A vítima já havia sido sequestrada por membros do PCC, sendo torturada durante o cativeiro. No acordo de colaboração, homologado pela Justiça em junho, Gritzbach apresentou provas de suas acusações, incluindo transferências bancárias e contratos, além de admitir seu envolvimento em atividades de lavagem de dinheiro, como a venda de imóveis de alto valor. Ele residia em um apartamento de luxo avaliado em R$ 10 milhões e teria optado por não aceitar a proteção oferecida pelo MPSP, mantendo sua rotina usual. Em vez disso, contratou segurança particular feita por policiais militares, agora suspeitos de colaborar com os assassinos.

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O ataque no aeroporto envolveu 29 disparos, dos quais 10 atingiram o empresário. Os responsáveis pelo crime fugiram em um veículo que foi posteriormente abandonado e localizado pela polícia. Em nota, o Ministério Público de São Paulo reiterou o compromisso de identificar e responsabilizar os autores do homicídio.

Publicada por Felipe Dantas

*Reportagem produzida com auxílio de IA

 

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