Presidente do IBGE diz que corte do censo “não tem volta, é página virada”

  • Por Jovem Pan
  • 07/06/2019 20h29 - Atualizado em 07/06/2019 20h30
Fernando Frazão/Agência Brasil Para ela, decisão de funcionários de entregarem seus cargos diante da redução do número de perguntas em cerca de 25% é compreensível

Redução do questionário do censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) “não tem volta, é página virada”, disse nesta sexta-feira (7) a presidente do IBGE, Suzana Guerra. De acordo com ela, a decisão de alguns funcionários de entregarem seus cargos diante da redução do número de perguntas do censo em cerca de 25% é compreensível.

“Em todo momento de mudança em uma grande organização há resistências, e essas resistências são compreensíveis. Eles estão no direito deles, de quererem sair, e eu respeito isso e agradeço a eles pelo trabalho de excelência que eles têm feito”, afirmou Guerra na porta do Ministério da Fazenda no Rio de Janeiro, onde esperava por uma reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes.

Ele afirmou que o IBGE tem quadros de excelência e não será difícil substituir os profissionais que deixaram o instituto nos últimos dias. Desde quinta-feira (6), cinco funcionários do IBGE entregaram cargos de chefia mas permanecem como empregados do órgão, alegando insatisfação com os cortes e com a administração de Guerra.

Ela afirmou que os cortes nada tem a ver com a restrição orçamentária do governo, e que os faria mesmo sem a redução do orçamento. “É uma questão de qualidade da informação, e mesmo sem restrição orçamentária nós estaríamos fazendo. É uma opinião que foi decidida por consenso pelo conselho diretor do IBGE”, explicou.

Segundo ela, mesmo com os cortes, o questionário brasileiro ainda é 80% maior do que os demais aplicados no mundo. “Ganhamos celeridade e agilidade ajustando a proposta”.

“Agora a agenda é positiva. O que a gente quer é buscar fontes alternativas de recursos para que a gente consiga modernizar o instituto e nossas pesquisas cada vez mais. Um censo mais forte é um Instituto mais forte”, concluiu.

* Com informações do Estadão Conteúdo

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