Preso é mandante de ataque no Ceará, afirma polícia

  • Por Estadão Conteúdo
  • 27/03/2018 08h48
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JARBAS OLIVEIRA/ESTADÃO CONTEÚDO Homens dispararam contra a sede da Secretaria de Justiça do Estado do Ceará (Sejus), no Centro. Na troca de tiros com a Polícia, três morreram. Foram apreendidas com eles armas e uma granada. O ataque à Sejus ocorreu por volta das 1h30min da madrugada deste sábado, 24. Além de Sobral, Fortaleza e mais duas cidades tiveram ataques a prédios públicos, torres de telefonia e veículos.

A Polícia Civil do Ceará rastreou um dos autores das ameaças de ataques a prédios públicos no Estado. A identificação das chamadas aponta para Fábio Alves Maciel, detento na Penitenciária Industrial Regional de Sobral, a cerca de 250 quilômetros de Fortaleza.

A ameaça nos telefonemas interceptados era de atentado contra a Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops) de Sobral. Em vistoria na cela do suspeito foram achados carregadores de celular, papéis com anotações, oito gramas de cocaína, cinco pacotes de maconha e seis celulares.

O suspeito, de 36 anos, confessou ter um chip em seu nome. Ele tem passagens pela polícia por furto e tráfico de drogas. Agora, foi autuado em flagrante por tentativa de incêndio a edifício público. Ele também é suspeito de ordenar incêndio em garagem pública da Sobral. Nesse caso, o vigilante conteve o fogo e só um veículo foi atingido parcialmente. Já o Ciops foi atacado na madrugada de anteontem, com coquetel molotov.

Outros seis homens foram presos no fim de semana por suposto envolvimento na onda de ataques. Além de Sobral, Fortaleza e mais duas cidades tiveram ataques a prédios públicos, torres de telefonia e veículos.

Para a polícia, isso foi orquestrado por facções criminosas para intimidar o governo a não instalar bloqueadores de celular em presídios. A Justiça cearense determinou no dia 2 que o Estado, em seis meses, compre e instale bloqueadores em todas os presídios estaduais. Além disso, projeto de lei que tramita no Congresso prevê destinar R$ 1,5 bilhão para a instalação desses equipamentos em unidades de regime fechado.

As operadoras de telefonia tentam convencer líderes da Câmara a rejeitar proposta que repassa às empresas os custos do funcionamento dos bloqueadores. “É um absurdo colocar em risco nosso patrimônio e a vida de nossos funcionários”, afirma Eduardo Levy, presidente do SindiTelebrasil, que reúne as empresas do setor. Para ele, essa obrigação é do poder público. O caráter de urgência da votação deve ser avaliado em breve.

Reforço

Segundo a Secretaria de Segurança, o policiamento foi reforçado nas principais vias de circulação de ônibus em Fortaleza. Viaturas foram distribuídas por pontos estratégicos indicados pela Empresa de Transporte Urbano e pelo sindicato das empresas de ônibus. A pasta disse não ter havido novos ataques na madrugada desta segunda-feira, 26. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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