Witzel vê Bolsonaro ‘desastroso’ contra Covid-19: ‘Seja responsável’
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), voltou a criticar a postura do presidente Jair Bolsonaro diante da pandemia do novo coronavírus. Na noite da última terça-feira (28), Bolsonaro respondeu com um “e daí?” quando perguntado sobre o fato de o Brasil ter ultrapassado a China no número de mortos pela Covid-19.
“Não é ‘E daí?’, não, presidente. Seja responsável”, escreveu Witzel, em mensagem publicada no Twitter. “A sua ‘gripezinha’ chegou e, em vez de continuar atacando os governadores, faça o seu trabalho. Sua atuação na maior crise de saúde do mundo é desastrosa. Pare de fazer política e trabalhe”, acrescentou.
Não é “E daí”?, não, presidente. Seja responsável. A sua “gripezinha” chegou e, em vez de continuar atacando os governadores, faça o seu trabalho. Sua atuação na maior crise de saúde do mundo é desastrosa. Pare de fazer política e trabalhe.
— Wilson Witzel (@wilsonwitzel) April 29, 2020
Para o governador, que foi infectado pelo coronavírus, Bolsonaro faz pouco caso da doença e das mortes provocadas por ela. “O presidente nunca deu à pandemia a importância que ela merece. Em vez de ser o líder das ações de saúde e de economia, sempre tomou para si o papel de criar crises e mais crises. O Brasil deve ser o único país do mundo que está tendo que viver uma crise de saúde, econômica e política, tudo ao mesmo tempo. E com um presidente que finge que a pandemia não é assunto dele.”
Ex-juiz, o governador do Rio também celebrou a liminar do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que barrou na manhã desta quarta (29) a nomeação de Alexandre Ramagem para o comando da Polícia Federal – mais tarde, o próprio Bolsonaro desistiu de indicar o amigo da família para o cargo.
“O voto do ministro Alexandre de Moraes demonstra que há uma enorme insegurança institucional com a nomeação de um delegado com objetivos claros de interferência na PF. Pelas provas apresentadas, é algo que afeta diretamente o princípio da impessoalidade e põe em risco a democracia”, opinou Witzel.
Tais fatos, além de a PF não ser órgão de inteligência da Presidência, mas sim exercer, nos termos do artigo 144, §1o, VI da Constituição, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União, demonstram estarem presentes os requisitos para a concessão da liminar.
— Wilson Witzel (@wilsonwitzel) April 29, 2020
*Com informações do Estadão Conteúdo
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