Dólar recua com reforma tributária e otimismo internacional; Bolsa oscila

Mercados globais respiram mais aliviados após BC dos EUA reafirmar que não pretende alterar política de estímulos

  • Por Jovem Pan
  • 25/05/2021 11h52
Pixabay Notas de dólar espalhadas Dólar opera sem direção definida com mercados à espera da reunião do Fed

O mercado financeiro brasileiro opera nesta terça-feira, 25, influenciado pelo otimismo internacional depois que dirigentes do Banco Central dos Estados Unidos (Fed, em inglês) voltaram a afirmar que a recente alta da inflação é transitória e não deve levar a remoção de estímulos monetários. No noticiário doméstico, o bom humor é reforçado pela expectativa de avanço da reforma tributária no Congresso. Por volta das 11h45, o dólar registrava recuo de 0,27%, cotado a R$ 5,310 depois de alcançar a máxima de R$ 5,324 a mínima de R$ 5,296. O câmbio encerrou a véspera com queda de 0,52%, cotado a R$ 5,325. O Ibovespa, referência da Bolsa de Valores brasileira, oscilava com leve alta de 0,02%, aos 124.098 pontos. O pregão desta segunda-feira, 24, fechou com avanço de 1,17%, aos 124.031 pontos, o melhor desempenho desde a máxima histórica de 125.076 pontos alcançada em 8 de janeiro.

Investidores em todo o mundo respiram mais aliviados após dirigentes do Fed retomarem o discurso de que o salto da inflação nos EUA em abril é considerado um fenômeno transitório, e que não deve alterar a política de estímulos monetários com a compra de títulos públicos e a manutenção das taxas de juros em níveis mínimos. Novos dados da inflação norte-americana devem ser divulgados nesta semana. A Alemanha revelou nesta terça-feira a retração de 1,8% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre em comparação com os três últimos meses de 2020. Já na relação com o mesmo período do ano passado, o tombo foi de 3,1%. Os dados vieram piores do que o previsto pelos analistas e indicam os desafios da recuperação da maior economia da zona do Euro ante o agravamento da crise do novo coronavírus.

No cenário doméstico, investidores reagem com otimismo aos indicativos de avanço da reforma tributária no Congresso depois do encontro entre o ministro da Economia, Paulo Guedes, e os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), na tarde desta segunda-feira. A reunião definiu que o texto deverá ser dividido, como era a vontade do governo federal. Os senadores ficarão responsáveis pelos debates constitucionais da reforma, além do programa de regularização tributária para socorrer pessoas físicas e jurídicas. Já os deputados se concentrarão nas propostas da União sobre a base dos impostos de renda, PIS e Cofins. Também na agenda de reformas, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara deve votar hoje o texto que encaminha a reforma administrativa com as mudanças propostas pelo relator, deputado Darci de Matos (PSD-SC). Nos destaques de indicativos, a prévia da inflação de maio registrou alta de 0,44%, a mais alta para o mês desde 2016, mas abaixo das projeções do mercado. No acumulado de 12 meses, o IPCA-15 avançou 7,27%.

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