Dólar tem nona alta seguida e fecha em R$ 4,48

  • Por Jovem Pan
  • 02/03/2020 19h01
Arquivo/Agência Brasil Face da nota de um dólar Pela manhã, o dólar chegou a superar R$ 4,50

O dólar até tentou ensaiar uma queda na tarde desta segunda-feira (2), mas o movimento não se sustentou e a moeda americana fechou em alta, a nona seguida. No exterior, ao contrário, o dólar perdeu força ante divisas fortes e emergentes, com o aumento da perspectiva de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) deve cortar os juros de forma agressiva para lidar com os efeitos do coronavírus.

Também cresceu a aposta de ações coordenadas dos governos e a expectativa é para uma teleconferência de ministros das finanças dos sete países mais ricos do mundo, o G7, nesta terça-feira.

Aqui, o dólar à vista fechou com valorização de 0,19%, a R$ 4,4870. Além do cenário externo, operadores ressaltam que também contribui para aumentar a pressão no câmbio a visão de que o Banco Central pode cortar juros. Mesmo que as instituições lá fora façam o mesmo movimento, a visão é que o diferencial de taxas deve continuar baixo e desfavorável para o Brasil. Pela manhã, o dólar chegou a superar R$ 4,50.

“O câmbio vai continuar sob pressão, não vejo tendência de melhora no curto prazo”, afirma o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo. Para ele, a probabilidade maior é de dólar mais perto de R$ 4,50 do que de R$ 4,00 pela frente. “A possibilidade é de mais saídas de capital do Brasil do que de entradas.”

Galhardo acrescenta ainda que os ruídos políticos só contribuem para aumentar a pressão no câmbio. Por isso, com o ambiente interno e externo conturbados, os investidores aumentam a procura por proteção no dólar, acelerando operações de hedge. Um das estratégias é aumentar a posição comprada no mercado futuro (apostas que ganham com a alta do dólar).

* Com informações do Estadão Conteúdo

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