Servidores de escolas municipais do Rio de Janeiro iniciam greve por tempo indeterminado
Protesto é motivado pelo Projeto de Lei Complementar 186/2024, que propõe, entre as alterações, o aumento da carga horária, modificações nas regras de férias e licenças
Servidores das escolas municipais do Rio de Janeiro decidiram iniciar uma greve por tempo indeterminado a partir desta segunda-feira (25). A decisão foi tomada de forma unânime durante uma assembleia realizada na Escola de Samba São Clemente. O coordenador do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe) informou que a paralisação seguirá até que o prefeito Eduardo Paes se disponha a dialogar com os educadores. A principal motivação para a greve é o Projeto de Lei Complementar (PLC) 186/2024, que propõe mudanças significativas nas condições de trabalho dos professores. Entre as alterações, estão o aumento da carga horária, modificações nas regras de férias e licenças, além da revogação da Lei 8666/2024, que amplia a duração dos contratos temporários na rede municipal.
Os educadores afirmam que essas mudanças são prejudiciais. Diogo de Andrade, coordenador geral do Sepe, destacou que o PLC 186 retira direitos dos servidores, aumentando a carga de trabalho sem a devida compensação financeira e permitindo o fracionamento das férias. Ele enfatizou que a greve persistirá até que haja uma negociação efetiva com a administração municipal. Após a decisão de greve, os servidores se concentraram em frente à prefeitura para manifestar sua insatisfação. Durante o protesto, um professor foi detido, mas liberado posteriormente.
O vereador William Siri relatou que houve intimidação por parte da polícia, que utilizou bombas e spray de pimenta contra os educadores. A Polícia Militar justificou a ação, afirmando que a detenção ocorreu durante uma tentativa de bloqueio da via, utilizando materiais de menor potencial ofensivo. Uma nova assembleia foi agendada pelo Sepe para a próxima sexta-feira (29), onde os servidores discutirão os próximos passos da greve. Até o momento, a Prefeitura do Rio e a Secretaria Municipal de Educação não se pronunciaram sobre a situação.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicada por Matheus Oliveira
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