Governo inaugura maior torre de pesquisa ambiental da América Latina

  • Por Agencia EFE
  • 22/08/2015 22h17

São Paulo, 22 ago (EFE).- Brasil e Alemanha inauguraram neste sábado a torre de observação da Amazônia, uma estrutura de 325 metros de altura que permitirá controlar os efeitos da mudança climática na floresta.

O Observatório de Torre Alta da Amazônia (Atto, por sua sigla em inglês), a maior estrutura de pesquisa ambiental da América Latina, é fruto de uma associação científica entre os governos do Brasil e Alemanha.

Avaliada em R$ 26 milhões, a torre foi erguida na Reserva de Desenvolvimento Sustentável de Uatumã, localizada na jurisdição de um município a 150 quilômetros de Manaus.

A Atto, mais alta que a Torre Eiffel, servirá para o monitoramento das mudanças climáticas que ocorrem nas florestas da zona, um dos ecossistemas mais sensíveis do planeta e que desempenha um papel importante na estabilização do clima.

O objetivo a longo prazo da Atto é medir os impactos das variações climatológicas globais nas florestas de terra firme da Amazônia através do estudo da interação da vegetação com a atmosfera.

Segundo o governo brasileiro, a torre permitirá obter um conhecimento inédito sobre o papel do ecossistema amazônico no contexto de mudanças climáticas globais.

“A grande capacidade da Torre de coletar, no estado mais puro, as informações e os indicadores da relação entre a floresta e o clima representa um colosso para a ciência”, ressaltou o ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil, Aldo Rebelo, citado em comunicado.

De acordo com Rebelo, a cooperação entre Brasil e Alemanha, cuja chanceler, Ángela Merkel, visitou nesta semana o país, representa um “benefício para os dois países e para o mundo”.

O ministro conselheiro da embaixada da Alemanha no Brasil Claudius Fischbach, por sua vze, destacou que a conclusão de torre, que começou a ser erguida em 2014, é o reflexo das duas principais esferas de cooperação entre ambos países.

“Os dois países têm associações importantes nos campos de ciência e tecnologia e proteção climática. A Torre Alta demonstra que estamos buscando aspectos que moldem a vida nos próximos anos”, sustentou Fischbach.

A instalação faz parte de um trabalho conjunto entre o Instituto alemão Max Planck (Alemanha), o Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia e a Universidade regional do Amazonas.

O governo brasileiro forneceu R$ 13 milhões para a construção, enquanto os outros R$ 13 milhões foram outorgados pelas autoridades alemãs. EFE

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