Hollande promete fechar campo de refugiados “inaceitável” em Calais

Ele pediu "justiça climática" entre os países e falou: "Estamos à beira da ruptura. Paris deve ser ponto de partida de uma grande mudança" Declarações de intenções não bastam

O presidente francês, François Hollande, confirmou hoje planos para fechar o campo de imigrantes de Calais – conhecido como “A Selva” -, dizendo esperar que as autoridades possam realocar cerca de 9 mil migrantes para centros de recepção espalhados pela França nas próximas semanas.

Ao visitar um dos 164 centros de recepção de migrantes na cidade de Tours, Hollande disse que as condições no campo de Calais são “inaceitáveis” e “extremamente difíceis”, principalmente para aqueles que são refugiados de guerra.

O campo se tornou um símbolo do fracasso do governo Hollande em contornar a crise migratória e também é alvo de críticas de rivais conservadores de extrema direita, que procuram derrotá-lo nas eleições presidenciais da França, no próximo ano.

Hollande, que vai visitar Calais na segunda-feira, insistiu que o seu país não pode ter campos como aquele. Ele disse que a França precisa mostrar sua “capacidade de ser dignificante, humana e responsável”.

Os centros de recepção hospedarão de 40 a 50 pessoas por até quatro meses, enquanto as autoridades estudam cada caso, de acordo com o presidente. Os migrantes que não procuram asilo serão deportados.