Investir em saneamento reduz gasto em saúde, diz ministro
O ministro Ricardo Barros anuncia a renovação do programa Mais Médicos e apresenta os resultados do acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde
Ministro Ricardo Barros - Ag. BrasilO ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse nesta quarta-feira (26) que o Brasil precisa investir fortemente em saneamento básico para que políticas de combate à disseminação de doenças possam dar certo. Durante a abertura do 1º Encontro da Rede Nacional de Especialistas em Zika e Doenças Correlatas, Barros destacou que para cada R$ 1 investido em saneamento, o país economiza R$ 4 em saúde.
“Água tratada, esgoto tratado e lixo coletado e tratado são fundamentais para evitar a disseminação de doenças. Precisamos sim fazer um investimento forte em saneamento”, disse. Segundo Barros, um grupo de trabalho tenta articular os ministérios das Cidades, da Integração, do Meio Ambiente e da Saúde, além da Agência Nacional de Águas, para que haja uma política clara de investimento no setor.
Verão x dengue
Sobre a proximidade do verão e o risco de proliferação do mosquito Aedes aegypti pelo país, o ministro disse que o governo está preocupado especialmente com o aumento de casos de febre chikungunya, que provoca sintomas graves e incapacitantes; e com o agravamento da epidemia do vírus Zika, que envolve consequências sérias, como casos de microcefalia em bebês.
“A dengue também tem, eventualmente, causado algumas mortes. Todas essas doenças merecem a atenção do Estado e procuraremos combater no conjunto o mosquito, que é o que transmite todas elas”, disse.
Wolbachia
Barros também comentou a possibilidade de expansão do projeto que utiliza a bactéria Wolbachia para conter casos de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. O projeto, atualmente conduzido no Brasil por meio de parceria com a Fundação Bill e Melinda Gates em Niterói (RJ), deve ser ampliado para a cidade do Rio de Janeiro e para municípios do Nordeste brasileiro.
“Ele deverá ser ampliado em outras cidades isoladas para a gente ver se consegue ter uma avaliação mais efetiva”, disse o ministro. “Mas isso está em decisão pelo grupo de pesquisa. Decidimos pegar uma cidade de médio porte, isolada e ver como se comporta nessas condições o tratamento por meio da Wolbachia”, completou.
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