Angela Merkel repudia atos de violência e palavras de ordem nazistas

  • Por Jovem Pan
  • 12/09/2018 07h09
EFE Merkel observou que "as generalizações estão erradas e totalmente fora de lugar"

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, afirmou nesta quarta-feira (12) que “não há desculpa” para o ódio, violência contra estrangeiros e o uso de palavras de ordem nazistas, após os protestos ultradireitistas e os fatos violentos com refugiados supostamente envolvidos que vem tomando conta do país nas últimas semanas.

Em seu discurso diante do parlamento no debate dos orçamentos para 2019, a chanceler disse entender a indignação dos cidadãos em relação aos de atos de violência e afirmou que a justiça cairá sobre os culpados, independentemente de sua nacionalidade.

Merkel estava se referindo à morte de dois alemães em dois casos diferentes nas últimas três semanas, para os quais quatro requerentes de asilo foram presos e os subsequentes protestos de direita que polarizaram a sociedade alemã.

Ela reconheceu que, ao se manifestar, os cidadãos expressaram o quão “confusos” estão e que a obrigação da classe política é “levar a sério” as preocupações da população.

Mas, ao mesmo tempo, ela se referiu ao primeiro artigo da Lei Fundamental alemã onde diz que “a dignidade humana é inviolável” e acrescentou que respeitá-la e protegê-la é obrigação de todo o poder público, assim como do restante da população.

Ao mesmo tempo, a chanceler alertou contra a generalização de regiões e populações específicas, se referindo aos que consideram o leste da Alemanha, e em particular o estado federado da Saxônia, bastião da extrema-direita.

Ela observou que “as generalizações estão erradas e totalmente fora de lugar”, e lembrou que esse mesmo princípio é aplicável quando se refere aos solicitantes de asilo que residem na Alemanha.

“Não vamos permitir grupos inteiros sejam marginalizados”, disse Angela Merkel, ressaltando que judeus, muçulmanos, cristãos e ateus fazem parte da sociedade alemã.

Merkel lembrou que, em um Estado de Direito, as regras existentes “não podem ser substituídas por emoções”.

*Com informações de Agência EFE

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