Após dia sangrento, manifestantes voltam às ruas em Myanmar
Os novos protestos foram registrados em cidades como Rangum, Monywa, Myinchan e Hapkakant, em diferentes regiões e Estados do país, informaram a mídia local e grupos de ativistas
Manifestantes voltaram às ruas de Myanmar neste domingo, 28, para protestar contra a junta militar, um dia após uma sangrenta repressão policial resultar na morte de ao menos 100 pessoas. Os novos protestos foram registrados em cidades como Rangum, Monywa, Myinchan e Hapkakant, em diferentes regiões e Estados do país, informaram a mídia local e grupos de ativistas. Em Yangon, a maior cidade de Mianmar, pelo menos duas pessoas foram feridas por uma granada, supostamente lançada pelas forças de segurança, afirmou o grupo ativista Revolução da Primavera de Mianmar.
No sábado, 27, ao menos 100 manifestantes, incluindo três menores de idade, morreram após uma violenta repressão policial. Segundo informações de veículos locais, grande parte das mortes ocorreu em Rangum, a maior cidade do país. Pelo menos outras seis regiões registraram atos com vítimas. Na véspera do conflito, militares usaram rádios e televisões estatais para tentar inibir possíveis protestos, ameaçando atirar “nas costas e na cabeça” de insurgentes que reivindicassem por democracia durante o desfile de celebração do Dia das Forças Armadas. Desde o dia 1º de fevereiro, quando a junta militar tomou o controle de Mianmar alegando fraude eleitoral, estima-se que mais de 3 mil pessoas foram presas e outras 300 já perderam a vida por causa da repressão.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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