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Biden e Macron divulgam comunicado conjunto e amenizam crise diplomática

Presidente dos EUA afirmou acreditar em uma invasão russa em território ucraniano

Os governos de Joe Biden, dos Estados Unidos, e da França, de Emmanuel Macron, divulgaram comunicado conjunto no qual amenizaram crise diplomática recente. O documento afirma que os países “abrirão um processo de consultas aprofundadas para garantir a confiança e propor medidas concretas em direção a objetivos comuns”. A crise começou após Estados Unidos, Austrália e Reino Unido assinarem um acordo de cooperação militar, o Aukus, que prevê a construção de submarinos nucleares por parte dos australianos com tecnologia americana. A aliança cancela um contrato anterior entre França e Austrália para o fornecimento de submarinos movidos a diesel, no valor total de US$ 90 bilhões (R$ 475 bilhões, na cotação atual).

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No comunicado de Biden e Macron, a Casa Branca e o Palácio do Eliseu afirmam que os dois presidentes conversaram por telefone, a pedido do americano, “a fim de discutir as implicações do anúncio de 15 de setembro”. O americano e o francês teriam concordado que “a situação teria sido beneficiada por consultas abertas entre aliados sobre questões de interesse estratégico para a França” e outros parceiros europeus dos EUA. Também marcaram uma reunião em outubro, na Europa.

Macron ainda decidiu que seu embaixador voltará a Washington na próxima semana. O diplomata havia sido convocado para ir a Paris como sinal da forte insatisfação do governo francês com o acordo militar. O ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Yves Le Drian, disse na sexta, 17, que o anúncio do acordo “foi uma punhalada nas costas” e que Biden agiu como o ex-presidente Donald Trump, de maneira “unilateral, brutal, imprevisível”. Desde então, os americanos vinham tentando conter a insatisfação do governo francês, por isso a iniciativa do telefonema partiu de Biden. A secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Paski, classificou a ligação como ‘amistosa’. “Estamos esperançosos, e o presidente está esperançoso que esse seja um passo para a volta ao normal de um relacionamento longo, duradouro e importante”, afirmou Paski, que evitou dizer que o mandatário dos EUA teria se desculpado com o colega, embora houvesse reconhecido que uma consulta mais aprofundada deveria ter sido feita.

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