China afirma que já vacinou 22 milhões de pessoas contra a Covid-19

O objetivo é imunizar 50 milhões antes do Ano Novo Chinês; país começou a usar testes retais para detectar Covid-19 em pessoas com maior risco de se infectarem pelo vírus

  • Por Bárbara Ligero
  • 27/01/2021 11h42
EFE/EPA/ALEX PLAVEVSKI Apesar do governo recomendar que as pessoas fiquem em casa, Xangai já está se preparando para o Ano Novo Chinês

O vice-diretor da Comissão de Saúde da China, Zeng Yixin, anunciou nesta quarta-feira, 27, que 22 milhões de pessoas já foram vacinadas contra a Covid-19 no país, sendo que o objetivo é alcançar o total de 50 milhões antes do Ano Novo Chinês, que acontecerá no dia 12 de fevereiro. As informações são do jornal estatal Global Times, que explica que a prioridade da campanha de imunização tem sido os funcionários da saúde na linha de frente do combate ao novo coronavírus, além de outros profissionais que correm maior risco de infecção, como os que atuam em portos, serviços públicos ou meios de transporte. Esse grupo deve ser completamente vacinado antes do dia 5 de fevereiro, quando espera-se que as injeções comecem a ser distribuídas para o público em geral.

Apesar de não lançarem nenhuma proibição, as autoridades estão recomendando que as pessoas fiquem em casa durante o Ano Novo Chinês, quando muitos moradores das grandes cidades costumam aproveitar o principal feriado nacional para viajar até os vilarejos onde nasceram. O pedido do governo chinês está relacionado com o aumento no número de casos de Covid-19 em janeiro, que é duas vezes maior que o de novembro do ano passado. Só nas últimas 24 horas, foram registrados 106 novos casos de infecção pelo novo coronavírus no país, segundo a Comissão de Saúde da China.

Enquanto isso, a China começou a usar testes retais em pessoas que possuem maior risco de contraírem a Covid-19. A CCTV, maior rede de televisão do país, transmitiu uma reportagem em que médicos afirmam que esse método é mais efetivo para detectar infecções pelo novo coronavírus, já que ele permanece mais tempo no ânus do que na garganta ou no nariz das pessoas. Através da rede social Weibo, alguns chineses reagiram à notícia com uma mistura de humor e crítica, afirmando se tratar de um teste invasivo e “humilhante”.

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