China: Vacina em teste protege macacos contra o coronavírus

  • Por Jovem Pan
  • 24/04/2020 09h26 - Atualizado em 24/04/2020 09h27
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Tânia Rêgo/Agência Brasil vacina A imunização com duas doses diferentes proporcionou uma proteção parcial ou completa a macacos

Cientistas chineses relataram ter conseguido, em uma experimento de vacina, proteger um grupo de macacos ratos e camundongos da infecção pelo novo coronavírus.

O trabalho, conduzido pela farmacêutica chinesa Sinovac Biotech, foi publicado em um repositório de artigos científicos, mas ainda não foi revisado por outros acadêmicos. Especialistas ponderam que o número de animais testados ainda é pequeno para resultados significativos.

De acordo com o relato, o imunizante, feito com versão quimicamente inativa do vírus, não causou efeitos colaterais evidentes em macacos da espécie Rhesus. A equipe criou uma vacina que introduziu anticorpos neutralizantes específicos para o novo vírus. Esses anticorpos neutralizaram dez cepas representativas do vírus.

Os cientistas argumentam que isso aponta para uma possível capacidade de maior neutralização do vírus contra cepas circulantes por todo o mundo.

A seção de notícias da revista Science repercute o artigo e explica que os experimentos foram realizados com oito macacos, que receberam as duas doses diferentes. Após três semanas, os pesquisadores introduziram o novo coronavírus nos pulmões do macaco por meio de tubos nas traqueias e nenhum desenvolveu a infecção.

A imunização com duas doses diferentes proporcionou uma proteção parcial ou completa a macacos. Uma observação dos sinais clínicos, do índice hematológico e bioquímico e análise histopatológica em animais sugerem que a vacina é segura.

Segundo a pesquisa, os macacos que receberam a dose mais alta da vacina, uma semana após receber o vírus, não tiveram nada detectado na faringe ou nos pulmões.  Já entre os animais que receberam a dose mais baixa tiveram recuperação na carga viral, mas eles também poderiam controlar a infecção.

O teste em humanos começou no dia 16. Entretanto, para especialistas, o desenvolvimento de uma vacina para covid-19 ainda deve levar ao menos mais um ano.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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