Fortuna de Charles III ultrapassa a de rainha Elizabeth II e é avaliada em cerca de R$ 4 bilhões
Segundo uma fonte próxima da família real, monarca, que será coroado no sábado, 6, conduziu uma ambiciosa política de investimentos para reabastecer os seus cofres após o divórcio com Diana
Charles III, que será coroado rei no sábado, 6 de maio, tem uma fortuna maior que da sua mãe, Elizabeth II, que morreu em 8 de setembro de 2022. Com a herança recebida, e avaliada em 360 milhões de libras (US$ 449 milhões ou R$ 2,245 bilhões), somada a fortuna que possuía de quando era apenas príncipe de Gales, o monarca britânico será dono de 600 milhões de libras (US$ 748 milhões ou R$ 3,740 bilhões), estimou o jornal ‘The Times’. Segundo uma fonte próxima da família real citada pelo jornal, Charles III conduziu uma ambiciosa política de investimentos para reabastecer os seus cofres após o divórcio com Diana. A separação custou-lhe 17 milhões de libras em 1996 (cerca de R$ 26 milhões, na época). Entretanto, o então príncipe de Gales já contava com os benefícios do Ducado da Cornualha, cuja renda foi recebida desde a ascensão da mãe ao trono, em 1952, até sua morte. Este foi um patrimônio criado no século XIV para dar independência financeira ao herdeiro real. Na prática, ele não é dono dos bens, mas recebe os lucros produzidos até que seja coroado.
Em um documentário da ITV em 2019, Camilla confirmou que, para Charles, o ducado “reúne tudo o que o apaixona”. O futuro rei visitava regularmente as fazendas que alugava aos agricultores e os encorajava a usar métodos agrícolas sustentáveis. Além de 260 fazendas, o ducado possui 52.450 hectares de terra e recebe 345 milhões de libras (R$ 2,169 bilhões) em aluguel das propriedades comerciais. Charles III até criou uma cidade, Poundbury, nos arredores de Dorchester, onde aplicou suas preferências arquitetônicas. Sob sua liderança, o Ducado cresceu em tamanho. Em seu último relatório anual, apontou mais de 1 bilhão de libras em ativos, um recorde. O herdeiro recebeu lucros que chegam em 23 milhões de libras (cerca de R$ 144 milhões), um aumento de mais de 40% em quinze anos.
Apesar do testamento da rainha não ser público, é de conhecimento que o Castelo de Balmoral – onde a família real passa férias – e a propriedade de Sandringham estão entre as propriedades herdadas por Charles, ao contrário do Palácio de Buckingham e do Castelo de Windsor, que pertencem ao estado. Outro símbolo histórico da monarquia britânica, as “joias da coroa”, que representam vários bilhões de libras, também são propriedade da nação e, portanto, estão excluídas da avaliação da fortuna real. No entanto, o Estado paga ao rei uma “subvenção soberana” que corresponde a um quarto dos rendimentos gerados pelo “Crown Estate” – um vasto fundo constituído por ativos imobiliários e todos os parques eólicos marítimos do país. A comissão restante é destinada ao Tesouro. Essa doação atingiu 86,4 milhões de libras (R$ 652 milhões, aproximadamente) em 2021-2022.
Um terceiro e último fundo completa a fortuna real: o Ducado de Lancaster, controlado pelo monarca, que contribuiu em 2022 com 24 milhões de libras (R$ 147,9 milhões) para a rainha. Quando se trata de avaliar a riqueza total dos fundos da Coroa, “acho que ninguém sabe o quanto isso representa”, admite Kertesz. Em uma série de artigos intitulada “The Cost of the Crown” (O custo da coroa, em tradução livre), o jornal britânico de esquerda The Guardian tentou avaliar a fortuna real, tomando a decisão de incluir os bens do Ducado de Lancaster – que são legalmente definidos como controlados pelo Estado -, cujo benefício total vai para o monarca. O jornal também inclui veículos de luxo, tecnicamente propriedade do Estado, mas usados pela família real. Com isso, a fortuna de Charles III chegaria a 1,8 bilhão de libras (US$2,244 bilhões ou R$11,320 bilhões).
*Com informações da AFP
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