Guaidó anuncia volta à Venezuela e convoca protestos contra Maduro

  • Por Jovem Pan
  • 11/02/2020 14h48
EFE Guaidó encerrará uma viagem iniciada em 19 de janeiro

O líder da oposição e presidente do Parlamento da Venezuela, Juan Guaidó, anunciou nesta terça-feira (11) que voltará em breve ao país e pediu aos venezuelanos que retomem as mobilizações para derrotar o governo do ditador Nicolás Maduro.

“Temos o apoio e o respeito do mundo. Agora toca-nos a tarefa mais poderosa e fundamental, a que nos trouxe aqui, a de nos unirmos para que, de uma vez por todas, possamos dizer, com força, que a virtude, a honra e a liberdade cobrem a Venezuela” disse, em vídeo divulgado nas redes sociais.

Guaidó encerrará uma viagem iniciada em 19 de janeiro que incluiu Colômbia, Inglaterra, Suíça, Espanha, o Canadá, a França e os Estados Unidos, onde se reuniu com governantes, inclusive com o presidente norte-americano, Donald Trump.

“Regresso à minha pátria com afeto, com o compromisso dos nossos aliados, com ações e medidas que vão ser executadas e com o apelo ao nosso povo para reativar a luta e a mobilização popular”, afirmou.

Guaidó disse ainda que assume o seu “papel e responsabilidade, com todos os riscos que envolve” e chamou os venezuelanos também a serem “protagonistas da libertação da Venezuela”, acrescentando que é preciso estarem unidos.

“Durante este périplo testemunhamos fatores, governos e instituições de diferentes estilos, que estão unidos por um compromisso, por uma causa justa: pela Venezuela, pela liberdade. Internamente devemos conseguir também isso (compromisso), trabalhar com uma rota clara para derrotar a ditadura, mas, para que isso aconteça, os venezuelanos, dentro e fora do país, devem reativar as mobilizações e fazer-nos sentir com força.”

Segundo ele, o ano de 2019 deu “recursos, mas também lições que serviram para renovar e consolidar” a estratégia da oposição.

“A solução só ocorrerá quando conseguirmos, com muita pressão, eleições presidenciais realmente livres. Para isso, temos o apoio e o consenso do mundo, das principais potências que se comprometeram a não reconhecer qualquer fraude que a ditadura tente, como fizeram em 20 de maio de 2018.”

Sobre a crise na Venezuela

A crise venezuelana agravou-se desde janeiro de 2019, quando Guaidó jurou publicamente assumir as funções de presidente interino da Venezuela até conseguir afastar Nicolás Maduro do poder, convocar um governo de transição e eleições livres no país.

Os Estados Unidos foram o primeiro de mais de 50 países que manifestaram apoio a Juan Guaidó, entre eles Portugal, uma posição tomada no âmbito da União Europeia.

*Com Agência Brasil

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