Israel x Hamas: número de mortos passa dos 8.000 após 20 dias de guerra

Mais de 200 estrangeiros já morreram no conflito no Oriente Médio; novo balanço dos israelenses mostra que 224 pessoas foram sequestradas pelo grupo islâmico e estão sendo feitas de reféns

  • Por Jovem Pan
  • 26/10/2023 11h01
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EFE/EPA/MARTIAL TREZZINI mortos na guerra do oriente medio Duzentas cadeiras com retratos de reféns seqüestrados por militantes do Hamas durante os ataques de 07 de outubro são exibidos em frente à sede da Europa das Nações Unidas em Genebra

Passou dos 8.000 o número de mortos no conflito entre Israel e Hamas, que acontece desde o dia 7 de outubro. Segundo o novo balanço divulgado pelo Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, 7.028 pessoas morreram no enclave em decorrência dos bombardeiros feitos pelos israelenses, sendo que 2.913 são crianças, 1.709 mulheres e 397 idosos, e há 18.484 feridos. Israel, por sua vez, registrou uma baixa de 1.400 mortos nos ataque promovidos pelo grupo islâmico e, nesta quinta-feira, 26, informou que o número de reféns do Hamas é de 224. O Ministério da Saúde de Gaza informou que há pelo menos 1.650 pessoas desaparecidas sob os escombros dos edifícios derrubados pelos ataques aéreos, das quais 940 são menores de idade.

Entre as vítimas deste conflito, também estão estrangeiros, que foram mortos, levados de reféns, estão desaparecidos ou aguardam no enclave palestino para poderem sair da região e regressar ao seu país. As mortes de mais de 200 cidadãos estrangeiros, muitos deles também com nacionalidade israelense, foram confirmadas pelas autoridades dos respectivos países. São eles:

  • Tailândia: 33 mortos e 18 sequestrados;
  • Estados Unidos: 31 mortos e 13 desaparecidos;
  • França: 31 mortos e 9 sequestrados;
  • Ucrânia: 21 mortos e 1 desparecido;
  • Rússia: 19 mortos, 2 sequestrados e 7 desaparecidos;
  • Reino Unido: 12 mortos e 5 desaparecidos;
  • Nepal: 10 mortos;
  • Argentina: 9 mortos e 21 desaparecidos;
  • Canada: 6 mortos e 2 desaparecidos;
  • Romênia: 5 mortos e 1 reféns;
  • Portugal: 4 mortos e 4 desaparecidos;
  • China: 4 mortos e 2 desaparecidos;
  • Filipinas: 4 mortos e 1 desaparecido;
  • Áustria: 4 mortos e 1 desaparecido;
  • Itália: 3 mortos;
  • Belarus: 3 mortos e 1 desaparecido;
  • Brasil: 3 mortos e 1 desaparecido;
  • Peru: 3 mortos;
  • África do Sul: 2 mortos;
  • Paraguai: 2 desaparecidos;
  • Tanzânia: 2 desaparecidos;
  • Sri Lanka: 2 desaparecidos.
  • Chile: 1 morto;
  • Turquia: 1 morto;
  • Espanha: 1 mortos;
  • Colômbia: 1 mortos
  • México: 1 desaparecido;
  • Holanda: 1 sequestrado;
  • Uruguai: 1 sequestrados.

Outros países também relataram perdas, porém, não deram números. A Alemanha diz que há menos de dez alemães mortos, e há “um pequeno número de dois dígitos” de reféns. Camboja, Austrália, Honduras, Azerbaijão, Irlanda e Suíça disseram terem perdido um dos seus cidadãos. Não há relato de desaparecidos.

Mesmo em meio ao aumento do número de mortos, os bombardeios não param. Nas últimas horas, a aviação de Israel atacou mais de 250 “alvos” do Hamas, como “centros de comando operacional, túneis e lançadores de foguetes localizados no coração de áreas civis”, segundo informou um porta-voz do Exército israelense. Os ataques atingiram a área de Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza. Esses bombardeios foram acompanhados por uma incursão terrestre com tanques no norte do enclave, antes das “próximas etapas do combate”.

Gaza enfrenta uma crise humanitária sem precedentes, com 1,4 milhão de pessoas – mais de metade da sua população – deslocadas para o sul da Faixa, depois de Israel ter ordenado a evacuação da metade norte por razões de segurança. De acordo com os últimos números do Ministério da Saúde do Hamas, que na quarta-feira declarou o colapso total do sistema sanitário, pelo menos 101 médicos morreram e 25 ambulâncias foram destruídas em Gaza desde o início da guerra, enquanto 12 hospitais e 31 centros de cuidados primários estão fora de serviço devido aos bombardeios e à falta de combustível.

*Com agências internacionais 

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