Putin responde a Biden sobre possível conversa para acabar com a guerra na Ucrânia

Kremlin afirmou que não vai dialogar enquanto os EUA quiserem que a Rússia abandone territórios conquistados

  • Por Jovem Pan
  • 02/12/2022 14h08 - Atualizado em 02/12/2022 23h26
Mikhail METZEL / SPUTNIK / AFP putin Putin diz que sempre esteve disposto a negociar sobre guerra na Ucrânia

O presidente russo, Vladimir Putin, respondeu nesta sexta-feira, 2, o pedido do líder norte-americano, Joe Biden, para conversarem sobre a situação na Ucrânia e colocar um fim na guerra que já se aproxima dos dez meses. “O presidente da Federação Russa sempre esteve e continua aberto a negociações para garantir nossos interesses”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, mas rejeitou as condições apresentadas pelo presidente dos Estados Unidos para um diálogo com o chefe de Estado da Rússia. “O que Biden disse na realidade? Ele disse que as negociações são possíveis apenas depois que Putin abandonar a Ucrânia”, afirmou Peskov à imprensa, antes de acrescentar que Moscou “evidentemente” não está disposto a aceitar as condições. “A operação militar especial vai continuar”, declarou Peskov, utilizando os termos que o Kremlin emprega para falar da ofensiva na Ucrânia. Na quinta-feira, 1, durante uma reunião com o presidente francês, Emmanuel Macron, Biden afirmou estar pronto para conversar com Putin se o presidente russo realmente tiver o interesse de acabar com o conflito. “Estou disposto a falar com Putin caso ele esteja procurando uma maneira de acabar com a guerra. Ele ainda não fez isto”, afirmou o presidente americano. Peskov respondeu nesta sexta-feira que Putin está disposto a conversar para garantir o respeito aos interesses da Rússia, mas acrescentou que a postura de Washington dificulta qualquer diálogo. “O governo dos Estados Unidos não reconhece os novos territórios como parte da Federação da Rússia”, disse Peskov, em referência às regiões ucranianas que o Kremlin afirma ter anexado. Territórios esses que a Rússia anexou ilegalmente em setembro.

*Com informações da AFP

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.