Steve Bannon, ex-assessor de Trump, deve se entregar à Justiça até 1º de julho

Estrategista político foi declarado culpado por desacato em julho de 2022 após desobedecer uma convocação para depor no Congresso, mas permaneceu em liberdade enquanto recorria

  • Por Jovem Pan
  • 07/06/2024 13h47
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CHIP SOMODEVILLA / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP steve bannon Bannon foi chefe de estratégia política de Trump na Casa Branca durante os primeiros sete meses de seu governo

A Justiça americana ordenou, nesta quinta-feira (6), ao ex-assessor-chefe da Casa Branca durante o governo de Donald Trump, Steve Bannon, que se apresente na prisão até 1º de julho para iniciar o cumprimento de sua pena de quatro meses, reportou a imprensa local. Bannon, de 70 anos, foi declarado culpado por desacato em julho de 2022 após desobedecer uma convocação para depor no Congresso ao comitê que investigou o ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio por parte de apoiadores de Trump, mas permaneceu em liberdade enquanto recorria. No mês passado, um tribunal federal de segunda instância confirmou a sentença. O juiz do distrito Carl Nichols revogou sua liberdade sob fiança em uma audiência judicial nesta quinta e determinou que ele se apresente na prisão antes de 1º de julho. Bannon se dirigiu aos jornalistas do lado de fora do tribunal de Washington depois da ordem do juiz: “Não há nada que possa me calar nem nada que me vá me calar (…) Não há uma prisão construída ou cela construída que vá me calar”. “Vamos vencer em 5 de novembro de forma esmagadora”, acrescentou em referência às eleições previstas como uma revanche entre o magnata republicano e seu adversário democrata, o presidente Joe Biden.

Outro assessor de Trump, Peter Navarro, foi condenado pelas mesmas acusações e começou a cumprir sua sentença de quatro meses em março, em uma prisão na Flórida. Com 74 anos, Navarro é o primeiro conselheiro próximo de Trump a passar tempo na prisão por ações derivadas do ocorrido durante as eleições de 2020, vencidas por Biden. Após a bem-sucedida campanha de 2016, Bannon foi chefe de estratégia política de Trump na Casa Branca durante os primeiros sete meses de seu governo, deixando o cargo devido a supostos conflitos com outros altos funcionários. Em 2020, foi acusado de fraude e lavagem de dinheiro por desviar para uso pessoal milhões de dólares de doadores destinados à construção de um muro entre os Estados Unidos e o México.

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Embora outros tenham sido declarados culpados no esquema, Trump concedeu um indulto geral a Bannon antes de deixar o cargo em janeiro de 2021, o que levou à desconsideração das acusações contra ele. Estava previsto que Trump fosse julgado em Washington em 4 de março, acusado de conspirar para anular os resultados das eleições de 2020, mas seu julgamento foi suspenso até que a Suprema Corte se pronuncie sobre a alegação do magnata de que, como ex-presidente, ele tem imunidade. Trump, em uma publicação em sua rede social, Truth Social, classificou como “tragédia americana” a ordem de prisão contra Bannon por se recusar a cooperar com o comitê da Câmara dos Representantes que investigou a invasão do Capitólio. “A militarização antiamericana de nossas forças da lei atingiu níveis de ilegalidade que nunca se acreditava possíveis”, disse o magnata, condenado na semana passada em Nova York por falsificar registros financeiros.

*Com informações da AFP

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