Alvo de operação da Polícia Federal, filho de Sérgio Cabral se entrega para as autoridades no Rio de Janeiro

José Eduardo Cabral faz parte de grupo de suspeitos em investigação contra o comércio ilegal de cigarros e possuía um mandado de prisão preventiva contra ele

  • Por Jovem Pan
  • 24/11/2022 17h58
Reprodução/Polícia Federal Policia Federal Nesta quinta-feira, 300 policiais federais cumpriram  mandados de prisão, busca e apreensão

No fim da tarde desta-quinta-feira, 24, José Eduardo Neves Cabral foi até a sede da Polícia Federal do Rio de Janeiro para se entregar. Filho do ex-governador do Estado, Sérgio Cabral, ele é alvo de operação Smoke Free da PF contra o comércio ilegal de cigarros e possuia um mandado de prisão preventiva contra ele e mais 26 pessoas. Segundo informações da Polícia Federal (PF), nesta quinta-feira foram presas 13 pessoas, entre elas policiais e agentes federais. Ao todo, 300 policiais federais cumprem os mandados de prisão, busca e apreensão, expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. Também foram emitidas ordens de bloqueio, sequestro e apreensão de bens, avaliados em cerca de R$ 300 milhões. Dentre os bens, estão imóveis, veículos de luxo, criptomoedas, dinheiro em espécie, valores depositados em contas bancárias, entre outros. Segundo as investigações da PF, iniciadas em 2020, o grupo atuou por quase três anos, de 2019 a 2022, com “falsificação ou não de emissão de notas fiscais, depositava, transportava e comercializava cigarros oriundos de crime em territórios dominados por outras organizações criminosas, como facções e milícias”. “Em consequência, efetuava a lavagem dos recursos obtidos ilicitamente e remetia altas cifras ao exterior de forma irregular, entre outros ilícitos cometidos”, informa os agentes federais. Ao todo, a estimativa é que a organização tenha causado um prejuízo de R$ 2 bilhões à União. Além de José Eduardo Neves Cabral, também são alvos da operação policiais federais, policiais militares e bombeiros, que atuavam para atender aos interesses do grupo, informou a Polícia Federal. Os investigados podem responder por crimes de sonegação fiscal, duplicata simulada, receptação qualificada, corrupção ativa e passiva, lavagem de capital e evasão de divisas. Se condenados, as penas somadas podem chegar a 66 anos de reclusão.

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