Aras publica vídeo antigo em que minimiza judicialização das eleições: ‘Quem ganhar vai tomar posse’

Procurador-geral da República falou em clima de ‘normalidade democrática’ e descartou questionamentos do sistema eleitoral e dos resultados 

  • Por Jovem Pan
  • 15/08/2022 14h01
ESTADÃO CONTEÚDO Procurador-geral discursa em evento no Planalto Divulgação de gravações com respostas do procurador-geral a temas sobre as eleições e o processo democrático se intensificaram nas últimas semanas

O procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou em vídeo publicado nesta segunda-feira, 15, que “quem ganhar a eleição, vai tomar posse”, minimizando quaisquer questionamentos a respeito do sistema eleitoral e dos resultados nas urnas eletrônicas. Embora tenha sido divulgada nesta segunda, a gravação foi feita em 9 de agosto, durante reunião do procurador-geral com correspondentes da imprensa estrangeira. Ao ser questionado sobre o que deve acontecer se o presidente Jair Bolsonaro (PL) contestar o resultado das urnas eletrônicas, em caso de derrota. “A partir do dia 1º de janeiro, haverá um novo presidente, que deverá tomar posse. No Brasil, essa posse se não for transmitida diretamente do presidente que se afasta após o fim do seu mandato, ela é prosseguida pelo Congresso Nacional. De qualquer forma, dentro do clima de normalidade democrática que acredito que nós teremos, não nos preocupa o que vai acontecer, porque as instituições brasileiras estão todas elas comprometidas com o processo democrático. Não me preocupa neste momento nenhuma medida judicial. […] Simplesmente a institucionalidade de 1º de janeiro é aquela própria de quem ganhou a eleição. Quem ganhou a eleição, vai tomar posse. É o que nós esperamos”, afirmou Augusto Aras, em vídeo publicado em seu canal no Youtube. A divulgação de gravações anteriores com respostas do procurador-geral a temas sobre as eleições e o processo democrático se intensificaram nas últimas semanas. Anteriormente, ele já havia publicado vídeo afirmando que a PGR vai garantir um “7 de setembro seguro”, criticando o uso da Justiça para fim político e em defesa do sistema eleitoral.

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