PF confirma prisão de 527 por atos no DF e liberação de 599 por questões humanitárias

Presos por vandalismo em Brasília têm psicólogos, médicos e enfermeiros à disposição

  • Por Jovem Pan
  • 10/01/2023 16h41 - Atualizado em 10/01/2023 16h43
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TON MOLINA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Presos Polícia Federal informa que os detidos que aguardam no local estão recebendo alimentação regular, hidratação e atendimento médico

As mais de 500 pessoas que continuam presas após atos de vandalismo na Esplanada dos Ministérios e nas sedes dos Três Poderes – Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF) – têm psicólogos, médicos e enfermeiros à disposição. A informação foi divulgada pelo secretário da Casa Civil do Distrito Federal, Gustavo Rocha, durante entrevista coletiva nesta terça-feira, 10. Segundo ele, o sistema prisional “está preparado” para receber os presos e mantê-los enquanto for necessário. Último boletim da Polícia Federal informa que das cerca de 1,5 mil pessoas foram presas e encaminhada para Academia Nacional da Polícia Federal, após determinação do Supremo Tribunal Federal, 527 foram presas e outras 599 foram liberadas por questões humanitárias, o que inclui principalmente pessoas com problemas de saúde, em situação de rua e mães acompanhados de crianças. De acordo com a corporação, os detidos são submetidos aos procedimentos de polícia judiciária e, após os trâmites realizados pelos agentes da PF, apresentados à Polícia Civil para encaminhamento ao Instituto Médico Legal e, posteriormente, ao sistema prisional.

A Polícia Federal informa que os detidos que aguardam no local estão recebendo alimentação regular, hidratação e atendimento médico. De acordo com o secretário Gustavo Rocha, até o momento, foram 243 atendimentos, sendo 30 pessoas encaminhadas para hospital local e três continuam internadas. Em razão da presença de idosos e crianças, também há representantes do Conselho Tutelar, Conselho dos Direitos Humanos e do Conselho do Idoso no local para acompanhamento e atendimento, se necessário. “As pessoas começaram a passar mal, várias tiveram que ser levadas para o hospital. A pedido da governador Celina Leão, a secretaria de saúde disponibilizou 54 profissionais de saúde, médicos, enfermeiros e psicológicos. Elas estão recebendo acompanhamento de psicólogos, porque algumas só estão percebendo agora que foram presas”, disse Rocha.

Nesta terça, a Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal divulgou lista uma lista nesta terça com nomes e data de nascimento de 277 pessoas que foram presas por envolvimento nos atos de vandalismo em Brasília entre o domingo, 8, e a segunda, 9. Entre os nomes, há nascidos entre os anos de 1949 (73 anos) e 2003 (19 anos), sendo 158 homens e 119 mulheres que estão presas no Centro de Detenção Provisória II e na Penitenciária Feminina do DF. “Em atendimento à decisão da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, está disponível para consulta a listagem das pessoas presas no Sistema Penitenciário do Distrito Federal, em virtude dos fatos ocorridos na Praça do Três Poderes no dia 08/01/2023”, escreveu a secretaria em nota. A estimativa é que o número de detentos pelos atos no último domingo venha a subir ao longo da semana. Segundo o ministro da Justiça, Flávio Dino, cerca de 1,5 mil pessoas foram detidas e encaminhada para a Academia Nacional da Polícia Federal até a segunda-feira.

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