Secretário-geral da OEA avalia avanço nas conversas de paz na Colômbia
Washington, 17 mai (EFE).- O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, avaliou neste sábado as conquistas alcançadas nas conversas de paz entre o governo da Colômbia e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), principalmente na luta contra o tráfico.
Ontem, o governo da Colômbia e as Farc anunciaram um histórico acordo parcial, no qual a guerrilha se compromete a romper “qualquer relação” com o tráfico, uma vez que haja o acordo de paz, enquanto o governo promete “intensificar” a luta contra a corrupção ligada a esse flagelo nas instituições.
Esta passagem “nos alegra e nos faz abrigar esperanças sobre a possibilidade que a paz será alcançada muito em breve nesse querido país”, indicou Insulza em comunicado.
O secretário-geral da OEA apontou o tráfico de drogas como o responsável pelo aumento da violência na Colômbia e considerou que o compromisso de combatê-lo constitui o maior passo em direção à paz.
Insulza parabenizou o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, “pela liderança no processo” e disse esperar “resultados substantivos”.
“Espero que o passo adiante da negociação, unido aos anteriores acordos sobre terras e participação na política, seja um estímulo aos negociadores para concluir em breve os temas pendentes e alcançar a paz que os colombianos desejam há tanto tempo”, acrescentou.
Insulza, por outro lado, também celebrou a decisão das Farc de suspender temporariamente seus ataques, ressaltando que, “se fosse definitivo, seria uma grande notícia”.
Já o candidato do uribista Centro Democrático à presidência da Colômbia, Óscar Iván Zuluaga, criticou hoje que o governo de Juan Manuel Santos tenha assinado um pré-acordo sobre política antidrogas com as Farc, já que, segundo ele, a guerrilha “é o principal cartel de tráfico do mundo” e não estaria disposto a perder essa condição.
As Farc e o Exército de Libertação Nacional (ELN) anunciaram ontem um cessar-fogo unilateral entre 20 e 28 de maio por ocasião das eleições presidenciais colombianas. EFE
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