Anistia ampla abriria nova disputa entre Congresso e STF; texto precisa ser acordado com Moraes, avaliam líderes de centro

Aliados de Hugo Motta e Davi Alcolumbre afirmam que ambos não devem ir para o enfrentamento contra ministros da Corte

  • Por Victoria Abel
  • 02/09/2025 14h38 - Atualizado em 02/09/2025 14h40
  • BlueSky
Vinicius Loures/Câmara dos Deputados Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara dos Deputados O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante, tem afirmado que um texto alternativo do projeto de lei da anistia não será mais aceito

Líderes de centro, aliados do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, e do senado, Davi Alcolumbre, afirmam que ambos não pautariam um projeto amplo de anistia, sob pena de inviabilizar a relação do Congresso com o Supremo Tribunal Federal (STF). A avaliação é de que, se a proposta avançar, será um texto em acordo com ministros da Corte, incluindo o relator do processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, Alexandre de Moraes.

A pressão para o avanço do projeto que pode anistiar presos e condenados por tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023 aumentou com o início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF, além de sete outros réus. Nesta terça-feira, Hugo Motta se reuniu com o líder do PL, Sóstenes Cavalcante, e do PT, Lindbergh Farias, para debater alternativas a anistia, além de tentar pacificar o clima político na Casa.

cta_logo_jp
Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp!

O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante, tem afirmado que um texto alternativo do projeto de lei da anistia não será mais aceito. Sóstenes corroborou a fala do deputado federal Eduardo Bolsonaro, em mensagens para o ex-presidente Jair Bolsonaro, argumentando que uma “anistia light” poderia prejudicar a tentativa de “amparo” do presidente americano Donald Trump ao pai.

Antes do tarifaço, a oposição tentava negociar um texto alternativo que punisse apenas aqueles que depredaram patrimônios no 8 de janeiro, além de livrar os participantes dos atos da pena de atentado ao Estado Democrático de Direito.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.