Mauro Cezar critica Abel Ferreira por fala sobre conduta de Veron no Palmeiras: ‘Visão de colonizador’
Comentarista do Grupo Jovem Pan reprovou a análise do técnico português sobre o episódio envolvendo o jovem de 19 anos, flagrado bebendo na véspera do clássico diante do São Paulo
Logo após a eliminação do Palmeiras na Copa do Brasil diante do São Paulo, Abel Ferreira concedeu entrevista coletiva e precisou responder sobre Gabriel Veron, atacante que foi multado pela diretoria após ser flagrado ingerindo bebidas alcoólicas na véspera do clássico decisivo. Sem papas na língua, o técnico português mandou um recado para o jovem de 19 anos e afirmou que o episódio está inserido na pouca educação no Brasil. “Espero que o Veron não desperdice o talento que tem. Não sou eu que corro, que chuto, que passo. Eu sou o homem das coordenadas. Quem tem de fazer o caminho são eles, e digo por experiência própria. Temos de educar. Eu já disse várias vezes, o Brasil carece muito da formação do homem. Começa no colégio e na formação em casa. Temos de educar o homem, e estou aqui para ajudar, com o diretor desportivo, a psicóloga, a estrutura do clube. Um moleque de 19 anos precisa escolher muito bem os amigos que o rodeiam”, disparou o treinador.
Comentarista do Grupo Jovem Pan, Mauro Cezar Pereira discordou da fala de Abel Ferreira e disse que a visão do português sobre o episódio é de “colonizador”. Durante o “Bate-Pronto” desta sexta-feira, o jornalista opinou que o caso de Veron não tem relação com as mazelas do país. “Quando a gente fala que o Brasil é carente em termos educacionais, é porque não tem ensino e boas escolas, o que gera uma série de problemas. O brasileiro médio é de um nível intelectual muito baixo. Nisso, eu concordo. Agora, o comportamento de um atleta de futebol não depende da educação. Existem rapazes de famílias estruturadas e de classe média alta que são cachaceiros e fazem muita bobagem. Por exemplo, o inglês Jack Grealish, do Manchester City, foi barrado de uma balada por estar bêbado. Já houve casos em Portugal, Espanha e em outros países. Então, não é uma questão de formação do homem, mas de um deslumbramento. É uma questão de amadurecimento. Agora, não acredito que o Abel falaria isso se estivesse treinando o Grealish no City. Por isso, acho que é uma visão de colonizador. O Jorge Jesus também era assim. Eles falam como se estivéssemos em 1500. Me incomoda muito!”, analisou.
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