Especialistas explicam como pesquisas eleitorais feitas no mesmo período apresentam resultados diferentes

Faltando menos de um mês para as Eleições 2022, o programa ‘Direto ao Ponto’ desta segunda-feira, 12, debateu os métodos das pesquisas e como os candidatos podem se orientar por elas

  • Por Jovem Pan
  • 12/09/2022 23h01
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Reprodução/ Youtube debate direto ao ponto Debate sobre pesquisas eleitorais aconteceu no Direto ao Ponto desta segunda-feira

Há menos de um mês das eleições 2022, o Direto ao Ponto realizou um debate nesta segunda-feira, 12, sobre as pesquisas eleitorais. Dentro da conversa estavam o cientista político e escritor Alberto Carlos Almeida, Nair Quintanilha, CEO do Instituto Paraná, e Marcelo di Giuseppe, cientista político com ênfase em pesquisa de opinião e diretor do Instituto de Planejamento Estratégico (Ibespe). Eles explicaram sobre como uma pesquisa pode dar diferentes resultados. “As pesquisas tem metodologias diferentes, tem recortes diferentes. Quando lemos o resultado de uma pesquisa precisamos levar em consideração se ela foi feita presencial, por telefone, digital, por ura. Hoje em dia são várias metodologias utilizadas e apresentam resultados diferentes. Todas estão corretas, temos a margem de erro que é associada às pesquisas e acaba que vai se patronizando as pesquisas”, disse Nair Quintanilha, CEO do Instituto Paraná Pesquisa. “Temos um país do tamanho de um continente, com 17,7% dos eleitores em 69,8% de cidades com menos de 15 mil eleitores, em geral essas cidades são mais conservadoras, então é importante tomar cuidado para não favorecer algum candidato”, ressalta Marcelo di Giuseppe.

Definições em cima da hora, no sábado a noite ou no próprio domingo de eleição podem interferir nos resultados de pesquisas eleitorais que foram divulgadas anteriormente, dando a impressão de que os resultados estão errados. “Nós esquecemos que acontecem outros erros que precisamos controlar, mas alguns são incontroláveis. Em uma cidade pequena muita gente quer responder, ou te expulsarem do ponto/rua, o entrevistador não conseguir subir alguma rua. Quando mandamos o entrevistador, nós sorteados as localidades. Mas às vezes ele não consegue encontrar essas pessoas, não se sente seguro. A pesquisa eleitoral é muito complexa, falamos de erro amostral, mas existem outros erros que mostram essa diferença”, explicou Nair. O professor Alberto Carlos também informou que candidatos menos conhecidos do público podem ter resultados diferentes das pesquisas, assim como deputados e senadores que costumam ser escolhidos de última hora.

Assista o debate na íntegra:

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