40% dos brasileiros afirmam que seu bairro não está preparado para eventos climáticos extremos, aponta Datafolha

Calor extremo foi o problema mais relatado pela população (89%), seguido de chuva intensa ou tempestade (50%)

  • Por Jovem Pan
  • 18/12/2023 10h14
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WERTHER SANTANA/ESTADÃO CONTEÚDO Vista da destruição provocada por deslizamento de terra na Barra do Sahy, em São Sebastião, litoral norte paulista Vista da destruição provocada por deslizamento de terra na Barra do Sahy, em São Sebastião, litoral norte paulista

De acordo com o levantamento do Datafolha, 94% dos brasileiros afirmaram já ter passado por uma situação climática extrema. Entre eles, 40% consideram que o próprio bairro não está preparado para enfrentar eventos climáticos extremos. A pesquisa ainda aponta que cerca de 19% dos entrevistados acreditam que a região em que vivem está muito preparada para qualquer episódio e 37% acreditam que o bairro está parcialmente preparado. O ano de 2023 foi repleto de desastres causados por fenômenos do clima em todo o país. No litoral paulista, tempestades causaram deslizamentos de terras e mortes no Carnaval, o nível do Rio Acre, que corta a capital Rio Branco, foi o maior dos últimos oito anos, e causou inundações, a seca no Amazonas isolou comunidades, causou a morte de peixes e botos, e trouxe problemas de abastecimento, no Pantanal as queimadas se agravaram e no Rio Grande do Sul as chuvas torrenciais causaram enchentes. A pesquisa do Datafolha tratou dos impactos observados e da percepção do brasileiro sobre a emergência climática causada pelo aquecimento global.

O calor extremo foi o problema mais relatado pela população (89%), seguido de chuva intensa ou tempestade (50%), enchente ou alagamento (31%) e seca extrema (30%). Quando o assunto é a preparação da própria moradia, os entrevistados demonstraram preocupação maior com a seca extrema, enquanto o maior nível de preparo dos lares, de acordo com os participantes da pesquisa, é para enchentes e alagamentos. O estudo também indicou que em 20% das residências há alguém que precise de cuidados especiais, como idosos ou doentes crônicos, em 12% dos lares há pessoas que dividem quartos, 15% convivem com  falta de água e 11% com cortes de energia. O levantamento, que tem margem de erro de 2 pontos percentuais, foi realizado com cerca de 2.000 pessoas com 16 anos ou mais em 135 municípios brasileiros.

*Com informações da repórter Letícia Miyamoto

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