Dino anuncia verbas para segurança na Bahia após nova chacina e volta a criticar liberação de armas
Seis pessoas de uma mesma família foram mortas nesta quinta-feira, 5, em Jequié
Seis pessoas de uma mesma família foram mortas na manhã desta quinta-feira, 5, no interior da Bahia. As vítimas são uma criança de 5 anos, dois homens e três mulheres, sendo uma delas grávida de nove meses. O massacre, registrado em Jequié, cidade a 370 quilômetros de Salvador, ocorreu horas antes de uma visita feita ao Estado pelo ministro de Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. Na ocasião, o ministro anunciou um plano de combate a violência. Serão investidos mais de R$ 100 milhões na compra de viaturas e na reforma de estruturas, como a sede da Superintendência da PF (Polícia Federal) em Salvador. Ao lado do governador Jerônimo Rodrigues (PT), Dino criticou medidas adotadas no governo Bolsonaro que, segundo o ministro, facilitaram a circulação de armas no país. “Não nos escondemos dos nossos problemas. Mas também temos o dever de apontar causas da violência no Brasil. E uma delas foi o armamentismo irresponsável praticado no Brasil nos últimos anos. Esse é um dos fatores da violência. A verdade é essa”, comentou Dino. Já Jerônimo Rodrigues destacou que a onda de violência na Bahia reduziu após trabalho de inteligência da polícia nos últimos dias. “É uma guerra contra o crime organizado e contra uma violência que não cabe tanto na Bahia quanto em qualquer Estado do Brasil”, disse. A Bahia enfrenta uma crise na segurança pública em meio a uma guerra de facções e aumento da violência policial. Apesar disso, Dino saiu em defesa dos agentes. “Ninguém quer o confronto. Mas, por outro lado, o uso da força é inerente a função policial”, acrescentou. Em 2023, a Bahia registrou 6.659 mortes violentas intencionais, o maior número entre todos os Estados.
*Com informações do repórter Paulo Edson Fiore.
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