Eduardo Tuma: Cidade de São Paulo terá investimento cinco vezes maior que o do Estado em 2020

  • Por Jovem Pan
  • 16/12/2019 08h36 - Atualizado em 16/12/2019 08h40
ESTADÃO CONTEÚDO O presidente da Câmara dos Vereadores garantiu que eleições municipais do ano que vem não atrapalharão os projetos em tramitação na Casa

O presidente reeleito da Câmara dos Vereadores de São Paulo, Eduardo Tuma (PSDB) afirmou que o orçamento para investimentos na capital, em 2020, será cinco vezes maior do que o do Estado de São Paulo. Em entrevista ao Jornal da Manhã nesta segunda-feira (16), ele comentou como acontecerão os trabalhos da Casa em ano de eleições municipais.

“Para o ano que vem, o orçamento da cidade de São Paulo será de quase R$ 69 bilhões – inclusive com as duas CPIs [Comissão Parlamentar de Inquérito] que a Câmara convocou, reavendo quase R$ 2 bilhões e R$ 6 bilhões a prazo do banco -, um orçamento saudável. Já o investimento deve ser de R$ 5 bilhões. Como parâmetro e equiparação, posso falar que o Estado de São Paulo terá um investimento de R$ 1 bilhão, e a cidade R$ 5 bilhões, então podemos esperar uma gestão presente na rua e na vida do cidadão em 2020″, garantiu.

Questionado sobre a possibilidade de que os vereadores deixem as pautas da cidade em segundo plano, já que 2020 é ano de eleições municipais, Tuma negou. “Os vereadores acabam trabalhando de segunda a segunda ao longo dos quatro anos, e não é diferente em ano de eleição. Colocamos as sessões plenárias para terças, quartas e quintas, e votações para as quartas, o que não impede que eles se dediquem a seus projetos e visitem suas bases no início e final da semana. Nesse ano, votamos mais de 200 projetos de vereadores e mais de 20 do Executivo, e essa intensidade será mantida no ano que vem”, afirmou.

Bolsonarismo nas eleições

Sobre a influência do presidente Jair Bolsonaro na eleição de candidatos a prefeitos e vereadores, o tucano disse que Bolsonaro tem peso, mas que esse não será o único fator importante. “Acredito que haverá influência do presidente nas eleições, mas, nesse caso, o morador tem mais preocupação com questões locais, e não temas do país ou bandeiras. Está preocupado com a linha de ônibus, vagas nas creches, habitação… O interesse da cidade é muito mais próximo do cidadão. Bolsonaro vai ter peso, sim, em quem indicar dentro desse movimento criado em função dele [bolsonarismo], mas quero pontuar que ele não é o único a ter peso. Então tem uma briga entre forças políticas com prefeitura e governos do Estado e federal.”

Bruno Covas

Tuma também respondeu à possibilidade de assumir a prefeitura de São Paulo caso o atual gestor, Bruno Covas (PSDB), que atualmente passa por tratamento contra um câncer, precise se licenciar. Segundo o vereador, essa não é uma possibilidade válida.

“O Bruno tem 39 anos, é jovem, faz esportes, reagiu muito bem ao início do tratamento. Lógico que a notícia, de início, não é boa, mas ao longo do tempo ele vem com força e disposição reagindo a doença, fez três sessões de quimioterapia sem se licenciar. Se nesse período, que é o mais agressivo, ele despachou, se manteve na Prefeitura, daqui pra frente acreditamos só em melhora, não trabalhamos com a licença do prefeito e apoiamos sua reeleição ao cargo. Vou me manter no legislativo”, garantiu.

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